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Quem nunca desejou amar?

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Sentei no sofá cansado e triste. Olhei ao meu redor e o silêncio era perturbador. Coloquei aquela velha música para tocar. Pela primeira vez em anos eu senti. Senti as forças se esgotarem, as lágrimas caírem; senti meus medos aflorarem, minhas verdades aparecerem, meus sonhos clamarem. Não podia ser! Não naquele momento! Eu queria voltar a não sentir nada – se é que isso é possível! –, eu queria poder não me importar, não sentir, não sofrer... Eu queria não poder amar. Por um instante, senti que duas versões de mim sentaram ao meu lado: o passado e o presente. O passado, com todos os seus sonhos, desejos e amores, me disse para sorrir, para abrir os braços e esperar o que estava por vir. Disse que o amor havia finalmente chegado, que a vida era boa, que o mundo brilhava lá fora, que Deus entalha sorrisos nas flores e que há beijos de amor por toda parte – como li no roteiro de uma peça certa vez. Já o presente, no auge da sua ignorância, da sua frieza, da sua ausência de sentimentos