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Mostrando postagens de março, 2015

Heróis

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Passei toda a minha infância invejando os super-heróis e a capacidade que eles possuem de ser fortes. Via personagens que não choravam, que resolviam todos os seus problemas com a força da coragem e do amor e que, no fim, encontravam a felicidade de forma inimaginável. Pura mentira. Aos poucos passei a ver que não importa o quanto de amor ou de coragem você tenha: os problemas sempre irão te abalar. Seja em um sonho, seja por um segundo, um minuto, uma hora, um dia, uma semana, um mês, um ano... Os problemas sempre conseguirão tirar a tua paz, sempre te farão pensar em demasia, te farão refletir sobre o que vale a pena conquistar ou deixar escapar por entre os dedos. Invejei tanto os super-heróis que conheci e hoje os vejo desmitificados. Vejo que o Homem Aranha chora, que o Arqueiro Verde nada mais é do que um homem amargurado e que foge dos seus amores. Vi que o Flash, mesmo com a sua incrível velocidade, nem sempre consegue salvar aqueles que ama. Não. Não importa quanta bravu

Folha Em Branco

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Estou farto dessas introduções, desenvolvimentos e argumentos. Estou farto desse meu “eu” de terceira pessoa, que tanto analisa e em nada se inclui. Estou cansado de ser um refém de palavras, de gestos, de frases. Cansei de ser um refém da minha própria pessoa. Estive buscando conclusões. Estive buscando vírgulas, pontos finais ou de segmento. Tudo aquilo que possa me ajudar a encarar os fins e saber se eles finalmente justificam os meios. (Não. Eles não os justificam.) Por mais que o texto desses meus capítulos intermináveis e tão confusos seja tão conectado, tão preso, tão amarrado, não parece haver conexão entre os fins e os meios. Eles não se encaixam. Histórias que nunca se findam e que mais parecem me torturar. Creio que perdi meus conectivos, minhas amarras, minhas frases de efeito. Minhas conjunções tornaram-se solitárias e não conectam nada mais. Histórias soltas e presas apenas por pontos e vírgulas que as separam mais do que tudo e que não caminham para lugar nenhum. T

Quem nunca quis viver um grande amor?

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Dizem que não há explicações para o amor. Dizem que as coisas acontecem naturalmente e que, quando nos damos conta, já estamos apaixonados, amantes, reféns de alguém. Os amantes são tolos, bobos, até mesmo burros. Eu confesso. Eu já fui um amante. Eu já fui tolo, bobo e, até mesmo, burro. Não burro por amar, mas por não conhecer de verdade o que era o amor. As palavras se cessaram, os gestos acabaram. Onde estará você agora, meu amor? Onde estarão todas as promessas que fizemos? Onde estarão todas as palavras que proferimos? Onde estará nosso desejo de ficarmos lado a lado? Passamos nossas vidas esperando um grande amor, sonhando com beijos e abraços, esperando que, um dia, talvez, tenhamos essa pessoa ao nosso lado para sempre. A verdade é que há uma grande diferença no amor. Existe sim o amor unidirecional, aquele que não é recíproco. Porém, há também o amor bidirecional, aquele das relações, aquele com o qual tanto sonhamos em viver. Para viver um grande amor como esse, é precis

Reflexo

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Sabe... Às vezes eu não queria ser tão racional. Às vezes eu queria deixar que as minhas emoções falassem mais alto, que meus impulsos e instintos me determinassem num ímpeto de burrice. Ou seria num ímpeto de permissão? Não sei. Às vezes me olho no espelho e não me reconheço mais naquele pequeno pedaço de vidro. Me sinto um completo estranho, irracional, sem cabeça, sem o meu corpo. Apenas um reflexo bobo e inútil sem consciência. Será que eu sou tudo isso? Será que, no fundo, acabei deixando de ser quem eu era ou quem eu queria ser? Será que, no fundo de toda essa droga, eu acabei me tornando apenas uma imagem minha moldada no que mais detestei? Será que eu sou o meu próprio medo? De vez em quando, eu me pego pensando no que eu poderia ter sido se não tivesse perdido a minha “essência do passado”, se não tivesse me juntado ao resto do mundo e me tornado apenas uma parte de mim... Tem horas que me sinto farto. Farto do que fui, do que quis ser. Farto do que me tornei... E como me torn

Qual o Tempo para a Felicidade?

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O tempo passa. Nossas vidas mudam em tão pouco tempo. Afinal, quão implacável pode ser o tempo? Tempo, tempo, tempo, vou te fazer um pedido... Somos marcados, apressados, impulsionados, pressionados. Seria o tempo o responsável por tudo? Ou somos nós, sempre, a procurarmos um culpado que não conteste sua culpa? Em toda nossa vida, buscamos a quem atribuir a culpa por tudo que não acontece como queremos. Buscamos culpados que se assumam ou não os vilões de nossos erros, quando, na verdade, somos sempre nós. Confiando demais, esperando demais, amando demais... O egoísmo de esperar que tudo de bom nos aconteça, de ansiar pela felicidade desmedida. Realmente... Somos egoístas. Egoístas ao ponto de reclamar por todas as coisas ruins que nos acontecem. Qual o motivo de não agradecermos pelas decepções ou pelas desilusões? A estrada para a felicidade é tortuosa e torturante. Tantas entradas, tantas saídas, tantas curvas. Tantas batidas... Malditas batidas! Só conseguimos enxergá-las e i

Entre Chuvas e Amores...

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Gosto dos dias de chuva. Lembro de quando eu me jogava debaixo dela mesmo com todos os gritos de “você vai ficar doente”. Hoje eu só queria um banho de chuva, algo que limpasse a minha alma como antes. Hoje finalmente percebi porque tanto gosto da chuva. Acho que, por ser um romântico incorrigível – oh droga! –, percebi que ela é como o amor: chega de surpresa, nos movimenta – quem nunca correu para tirar uma roupa do varal ou para se molhar? –, mas pode tanto nos “devastar” quanto dar belíssimos frutos. Tanto na chuva quanto no amor, nós temos de escolher: ou corremos ou nos molhamos. Ou corremos ou amamos. E, às vezes, é bom correr o risco de adoecer seja pela chuva ou pelo amor, porque no fim, acredito eu, sairemos mais fortes disso tudo. Tanto na chuva quanto no amor temos medo. É normal e é difícil – muito difícil! É difícil amar alguém que você simplesmente conheceu e não tem a predestinação (ou seria obrigação?) de amar, como uma pessoa da família, por exemplo. É difícil que