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Mostrando postagens de abril, 2015

Little Hell

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Parado como o tempo. Inerte. Preso em conflitos. Eu grito. Tempo, tormento, sofrimento. Pensamento. Não há como fugir dos próprios julgamentos, medos, ou seja lá o que for. Afinal, a que ponto chegamos? Paro. Penso. Não compreendo. Como alguém – justo eu – pode se tornar tão refém de pensamentos? Haverá ainda alguma escapatória para essas amarras? Haverá ainda alguma saída deste pequeno inferno? Por favor, não pense. Não tente. Não são apenas medos bobos e tolos. Medos somos capazes de enfrentar. São lembranças. Dessas não podemos fugir. Texto Originalmente publicado em 28 de abril de 2015. Revisado em 27 de dezembro de 2020.

Sobre a Estúpida Ideia de Amar

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Certa vez me perguntaram qual meu “filme romântico favorito”. Ao se deparar com a minha resposta, a pessoa simplesmente me olhou com uma cara de desprezo e disse: “Você não sabe o que é amor!”. Parei e pensei: “Será que eu realmente não sei o que é amor?”. Fiquei com aquele questionamento na cabeça por alguns dias até, finalmente, descobrir que eu não sabia o que era amor, mas que aquele filme tratava a história de um amor que eu gostaria de viver, uma história real, onde nem sempre podemos ter finais felizes. Podem me chamar de masoquista, negativo ou qualquer merda que quiserem, mas para mim, a melhor história de amor já contada é a do filme “Um Amor Para Recordar” (coloquem “P.S.: Eu te amo!” praticamente empatado com ele). Sempre fui daquelas pessoas que acreditam em amores verdadeiros. Ao contrário dos demais garotos, eu não queria ser um super-herói, não queria sair batendo em vários vilões ou coisa do tipo. Pelo contrário, meu sonho era ser um príncipe. Sempre que vivia uma pa

Sobre todas as coisas

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Ele olhou naqueles olhos. Olhos tão pequenos, tão verdadeiros, tão cheios de vida... Era impressionante como ele a amava, como ele se sentia preso a ela. Como era possível, para ele – sempre tão cheio de si e de sua independência –, parecer depender do sorriso de alguém? Ele tocou as mãos dela, que o olhou sorrindo. – Eu estou aqui! – Suas poucas palavras foram o suficiente para que ela o abraçasse. Era um abraço repleto de conforto e carinho, mas que não deixava de conter também um certo desejo. Era um desejo irracional, sem pudores, mas que o assustava. Assustava tanto, tanto, tanto... Que, por vezes, ele parecia querer fugir dela, fugir de todo aquele amor, de toda aquela paixão, de todo aquele tesão, de todo aquele carinho, de todo aquele sentimento. Como alguém poderia reconhecer o amor se nunca havia entrado em contato com ele? – Obrigada! – Ela sorriu e o abraçou. Ele levantou e a olhou uma última vez, ainda segurando a sua mão. Ela tinha as mãos mais gostosas que ele já