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Mostrando postagens de agosto, 2015

Palavras que Ferem

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Palavras são facilmente ditas. Dificilmente são medidas. Constantemente ferem. Em meio a um mundo onde palavras tornaram-se poucas, abreviadas, simplificadas com imagens, as poucas que são ditas ganham um poder ainda maior. Palavras são poderosas. Palavras de amor, de ódio, de felicidade, de crítica. Até mesmo a ausência de palavras é capaz de nos fazer entender. E, muitas vezes, é melhor nos calarmos. Palavras mal ditas, palavras malditas, são capazes de ferir imensamente aqueles que menos queremos magoar. Palavras são poderosas. Lembro-me de uma parábola sobre um coração de madeira e uma mãe que ali passou a colocar pregos toda vez que seu filho a magoava. Um dia, ao ver o coração cheio de pregos, o filho buscou sua “redenção”. À medida que ele fazia bons gestos, sua mãe removia os pregos. Um dia, o filho, comovido, viu o coração sem pregos, mas cheio de buracos. Por mais que palavras possam ser “desculpadas”, por mais que as pessoas voltem atrás no que disseram, as marcas de uma

Sobre a Incerteza do Amar

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Existe algo em você que me afeta. Não sei se é o teu toque, o teu cheiro, o teu olhar ou a tua simples presença. Embora esteja tão banalizado, o amor é complexo. Amar alguém é querer jogar-se no escuro e desejar que esse alguém esteja lá com os braços abertos te esperando. Amor é inexplicável. Ele é físico, químico, biológico, ele é intenso e calmo. Sentimento incerto que consegue nos levar à loucura ou ao sossego. Rita Lee cantou que “O amor nos torna patéticos!” e não mentiu. Nos tornamos tolos, bobos apaixonados. Sorrimos com um simples “oi”, um simples olhar ou, até mesmo, uma vaga lembrança. O amor é para os fortes, é somente para aqueles capazes de se arriscar, de jogar-se em um rio sem saber para onde a correnteza os levará. O amor requer força, coragem, capacidade para saber lidar com tudo o que vier. Sem questionamentos. Abrir-se para o amor é como andar em uma trilha deserta e esperar que apareça alguém disposto a se juntar a você e buscar um novo caminho, uma nova saída,

Corações Partidos

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Nas poucas vezes em que amei, tive a plena certeza de que nada é eterno. As palavras, os gestos, as carícias, tudo havia sido em vão. Sim, “em vão”! Desde a infância, somos marcados com o “felizes para sempre” e, ao crescer, nos deparamos com a cruel, terrível e dolorosa verdade: tal felicidade eterna não existe! Lembro que da última vez que me apaixonei eu tive medo, quis correr, fugir, chorar, quem sabe até gritar um sonoro “Não!”. Havia essa vontade e eu fugi. Tentei esconder meus sentimentos, abafá-los, sufocá-los. Era o necessário... Por favor, não julguem. Nunca julguem alguém que amou e sofreu por causa de tal amor. Uma vez que um coração é partido, ele jamais voltará a ser como era antes, tão puro e tão romântico. Os “se” que se implantaram em nossa cabeça passam a nos guiar, sempre nos levando a duvidar de toda e qualquer oportunidade de amor. Corações partidos não podem ser recuperados. É impossível que um novo alguém ou simplesmente um novo amor seja capaz de “colar” o

De que adianta?

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De que adianta ter todas as dores, amores, temores, todas as flores? De que adianta ter todos os laços, abraços, amassos? De que adianta lutar, conquistar, amar? Os corações partidos, alados, roubados, quebrados, todos eles massacrados por tantos amores e dores. Quiçá eles terão sido todos em vão ou será que, no fim de toda essa história, todos eles terão valido à pena? Não há amores sem dores. Não há dores sem amores. No fundo, tudo é conectado. Somos um ponto em comum entre todos os sentimentos e tormentos que cerceiam o ser humano. Não somos “homens”, somos humanos, animais. Somos todos pontos ligados a outros pontos de emoções. Emoções que nos estimulam, que nos movem, que nos fazem sentir, arder, ferver, gozar e que conseguem, mesmo no mais forte ser humano, foder com as nossas vidas. É essa a verdade: todos nós, em qualquer momento da vida, seremos fodidos (essa é a expressão, me perdoem) pela nossa coragem, pelo nosso desejo de amar ou, simplesmente, pelas nossas escolhas. V