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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Para Esquecer

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Hello, stranger! Lembra de mim? Sou eu, aquele alguém que você um dia disse gostar. Hello, stranger! Talvez o tempo tenha passado. Aliás, acho que ele passou. Um mês? Um ano? Perdi as contas. Justo eu, sempre tão preciso com datas e palavras, acabei me tornando refém delas... Refém da falta de tempo e da falta de palavras. Hello, stranger! Eu me lembro bem da nossa última conversa. Lembro das minhas palavras de ódio, lembro de como eu me irritei com você por descobrir coisas que até o diabo duvidaria. Eu me lembro tão bem daqueles dias, daquela primavera ensolarada em que te conheci. Parece até que foi ontem. Parece até que foi um ano atrás. Eu me lembro das minhas juras de amor e dos teus pedidos de “Não me prometa nada!”. Eu não devia ter prometido. Não por mim, mas por você. Eu queria ter cumprido as minhas promessas de amor, as minhas palavras de fidelidade, de compreensão. Eu queria... E eu queria tanto que, de tanto querer, acabei me deixando perder do bem mais precioso que j

E que se ame! (ft. Ana Luíza Santana)

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Uma das maiores complicações existentes no mundo é definir, de uma forma universal, o amor. Para alguns, amor pode ser a presença; para outros, pode ser a presença mesmo na ausência; para outros, pode ser o sexo; para outros, pode ser o beijo; para outros pode ser a união de todas essas “definições” e ainda há aqueles que não concordem com nenhuma delas. A gramática me diz que a palavra amor é um substantivo abstrato, algo que não pode ser tocado. Discordo. Amor não é somente o sentimento, amor pode ser um desenho, uma música, um lugar; amor pode até estar personificado em alguém. Parece, aliás, livro-me de incertezas e digo com toda a convicção que, sim, existe uma energia muito grande, uma força invisível entre duas pessoas que se amam. Quando perto, sinto o amor ao tocar. Ao beijar e abraçar. Ao olhar nos olhos e enxergar um brilho diferente. Sinto o amor quando penso que eu podia estar com qualquer outra pessoa no mundo, mas estou ali. Com aquela. Só com ela. E por quê? Por que a

Depois do Fim

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“Tudo tem um começo e um fim. Seja o amor, a dor, a vida. Até a morte, do ponto de vista espiritual, tem o seu fim. São passos, compassos, medidas, pesos, balanças; coisas que vão nos guiando aos tais finais, sejam eles felizes ou não. Eu defino a vida em ciclos, temporadas de uma ‘série’, coisas que começam de uma forma, terminam e, em seguida, recomeçam, iniciam-se novas histórias e por aí vai. Por mais que a série seja feliz e tenha boa audiência, existem coisas que acabam perdendo o seu valor ou a sua graça ao longo dela. Seja um amor, uma amizade ou outra, uma tristeza, um sonho ou um simples sorriso no rosto. Os finais sempre chegam.” Quando comecei a escrever o trecho acima, refletia acerca de dois fins para mim: o de um amor e o de uma fase em que permiti que as opiniões alheias moldassem o meu futuro e o meu eu. Eu teria continuado esse texto se não fosse surpreendido pela notícia do internamento de uma tia e, consequentemente, a sua morte um dia depois. Peço desculpas

Epílogo

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As folhas caíam das árvores naquele parque. Em suas mãos, um pequeno caderno onde ele fazia questão de escrever na última página uma reflexão acerca dos finais que o cercavam nos últimos dias. Era como o fim de uma história, era como se todos os seus sonhos tivessem chegado ao fim. – É como o fim de um livro... – Ele lamentou inutilmente para si. Começou escrevendo sobre os finais tristes que haviam acontecido. Para ele, havia a morte de alguém que sofria há muito tempo. As lágrimas não desceram. Ele pensou em como aquilo tudo era um alívio para a dor daquela pessoa querida. Por outro lado, ele havia chorado inconsolavelmente por – pela segunda vez – ter tido seu coração partido por aquela que ele mais amou. – Mais uma vez... – Ele lamentou novamente. Uma lágrima insistiu em escorrer pelo seu rosto e ele deixou que ela rolasse. Não havia ali mais vergonha de chorar. Ele abraçara a sua humanidade e se permitira debulhar em lágrimas mesmo que não fosse uma “atitude de homem”. Ele

1/285000

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Recentemente me disseram que temos 1 chance em 285 mil de encontrarmos e nos apaixonarmos pela pessoa ideal. Passei anos e mais anos acreditando em tal chance de viver aquele amor épico, cinematográfico; mas acabei percebendo que essa busca era mais difícil do que parecia. Por mais que o meu coração palpitasse e batesse por algumas garotas ao longo de tal período, percebi que tudo não passava de um encanto inicial e que, aos poucos, ele ia se desfazendo. Aquela 1 chance tornava-se uma das 284.999 que poderiam dar errado. Muitas pessoas me julgaram por ser romântico. Diziam que eu era imbecil, iludido, trouxa e que jamais encontraria alguém ideal. De fato, eles estavam duplamente certos. Primeiramente, fui um baita imbecil ao acreditar em juras de amor, em acreditar em doces palavras que não passavam apenas de jogos. Segundamente, por tais pessoas falarem que eu jamais encontraria alguém ideal. Eles estavam certos: não existe um alguém ideal. Nos romances, sempre vi que as pessoas e

A Garotinha

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E lá estava eu: quieto, calado, sozinho, triste. Foi quando surgiu a pequena garota, a garotinha do sorriso doce, alegre, com a aparência de uma menina de dez anos, mas a maturidade de alguém de mais de sessenta. Eu a conhecia há um tempo e havia algo nela que me encantava, que me fazia enxergar um eu que não existia mais. A diferença de idade não era tão grande; ela tinha quinze, eu tinha vinte e um. E ao contrário do que alguns já podem estar pensando, não se tratava de uma história de amor clichê, tratava-se de uma conexão. Sempre que eu a encontrava, apertava suas bochechas e algo em mim fazia com que eu sorrisse. Ela era pura, com uma alma tão pura quanto a de um anjo. Ela sorria para mim de forma tímida e eu sentia um amor tão grande quanto o de um pai para uma filha. – Pode ver se gosta, tio? – Ela sorriu, me chamando da forma que eu impusera que ela me chamasse. Olhei os textos e deduzi que fossem dela. Textos tão puros e mágicos quanto a alma daquela garotinha. – São teu

O pé de Alface

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Dia desses me contaram que, para se plantar um pé de alface, temos de colocar várias sementes juntas e, com o passar do tempo, ir removendo aquelas mudas que nascem de forma “imperfeita”. Nunca plantei alface – e essa conversa me deixou com vontade de fazer isso –, mas fiquei intrigado, já que a mesma pessoa que contou essa história me disse que eu deveria ser uma pessoa mais persistente. Foi então que indaguei: “E por que não podemos, simplesmente, abraçar aquilo que não é perfeito?”. É engraçado como julgamos a imperfeição das coisas. Em nossas vidas, somos forçados diariamente a lidar com casos e mais casos. Alguns possuem soluções rápidas, imediatas, e outros possuem ainda mais casos desenrolados daquele problema inicial. O que move o mundo são as perguntas? Então o que move a vida são os problemas. Passamos dias e mais dias tentando lidar com eles, resolvendo, lutando, enfrentando, acomodando, sorrindo, enfim... Lidamos das formas mais diferentes possíveis com inúmeras situações