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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Lembrar

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Música: I Remember - Damien Rice                 “Eu consigo me lembrar da primeira vez que eu te vi. Era noite, seus cabelos ao vento, delicadamente penteados. E eu ali, um completo estranho que estava completamente encantado com o teu sorriso e com o teu olhar.                 Lembro do primeiro abraço, do primeiro adeus, do primeiro beijo, do primeiro beijo de verdade, do primeiro toque de mãos, da primeira música, da primeira briga, da primeira vez que você me magoou, da primeira vez que você disse gostar de mim e eu me lembro, com precisão, da primeira vez que você partiu o meu coração. E não foi a última...                 Talvez eu tenha errado comigo. Talvez tenha sido masoquismo insistir nesse amor tão sem cabimento, insistir nesse sentimento que – mesmo contra a minha vontade – parecia crescer, me inundar. O mesmo sentimento que você usou contra mim. Com todas as suas palavras e gestos cruéis que, até hoje, embrulham-me o estômago tão fortemente que nem mesmo o m

Será "amizade"?

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Acho que eu deixei o meu altruísmo e a minha bondade falarem mais alto. Após tantas decepções, após tantas pessoas egoístas ao meu redor; talvez eu tenha deixado que as minhas melhores qualidades fossem capazes de me matar aos poucos. Creio que, ao longo dos últimos anos, eu tenha deixado morrer uma parte do que eu era, uma parte do que eu queria ser e uma parte do que eu poderia ser. Foram muitas decepções. Vi amigos tornarem-se distantes – mesmo com minhas tentativas de resgatar tais amizades –, vi amigos tornarem-se completos estranhos, vi amigos que, simplesmente, passaram a não se importar comigo. Talvez esse tenha sido o meu erro: talvez eu tenha ajudado demais os outros e esperado que, quando eu precisasse, eles estivessem ali comigo. Aos poucos fui descobrindo uma das coisas mais dolorosas que eu poderia descobrir: a palavra “amizade” tem perdido o seu valor – ou pelo menos ela tenha perdido o valor para aqueles que um dia chamei de “amigos”. Vivemos em um mundo regido pelo

Talvez(es)

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Talvez eu seja um monstro. Talvez eu seja aquele tipo de pessoa que fere com palavras (o pior tipo de pessoa, cá entre nós). Talvez eu seja egoísta. Talvez eu seja o tipo de pessoa que você disse que eu sou. Talvez eu seja um homem frio. Talvez eu seja cruel. Talvez eu não saiba amar. Talvez, talvez, talvez... Talvez eu nunca tenha amado. Ou melhor, talvez eu nunca tenha sido amado. Talvez eu erre demais. Talvez eu persista nos meus erros demais. Talvez os meus erros façam parte de mim (desculpa, mas não sou perfeito). Talvez eu persista em ser quem eu sou. Talvez eu não goste de me perder de mim (redundante, eu sei). Talvez eu não queira deixar de ser quem eu sou. E talvez, por isso, eu sou tão julgado. Talvez eu seja uma boa pessoa. E talvez, por isso, eu seja tão facilmente magoado. Talvez o erro seja única e exclusivamente meu – meu erro de esperar o melhor das pessoas. Talvez o mundo tenha mudado a sua trajetória e eu fiquei parado em algum