Borboletas no Estômago
Música: Unsteady - X Ambassadors
“O tempo parece
ser uma verdadeira armadilha. A tua ausência se faz tão longa. As horas ao teu
lado parecem correr. Mesmo com tão pouco tempo, uma eternidade parece existir.
O teu olhar, o teu sorriso, pequenos gestos que me fazem suspirar, sentir as
famigeradas borboletas no estômago. O medo desaparece, os olhos se fecham, as
mãos se apertam – em um encaixe perfeito de dedos.
Era terça. Dia.
Eu chorava. Você surgiu. E como uma pequena tempestade de verão, você me
preencheu, ou melhor, me ajudou a me preencher. Fez com que eu encontrasse os
meus pedaços espalhados, fez com que eu encontrasse novamente – após tantos
anos – quem eu era, quem eu sou, de verdade.
O primeiro olhar,
o primeiro abraço, o primeiro beijo. Os elogios sem fim. As tuas bochechas que
coram. O teu dito – por você – coração de pedra amolecendo, tornando-se
pulsante. O meu dito – por mim – coração em cacos, tornando-se completo após
tanto tempo. Dois corações batendo, um próximo ao outro em um abraço tão
apertado que nem mesmo os mais renomados especialistas poderiam explicar.
Não há explicação
para o amor – em nenhuma das suas dimensões. E talvez ele nem precise ser
explicado, apenas sentido e vivido. Dentre as inúmeras definições, gosto de um
trecho da Bíblia que fora belissimamente adaptado por Nicholas Sparks em ‘A Walk To Remember’ (“Um Amor Para
Recordar” – Um dos meus filmes favoritos!): ‘O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes; o amor não se ufana,
não se ensoberbece; O amor não é rude nem egoísta, não se exaspera e não se
ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a
verdade. Está sempre pronto para perdoar, crer, esperar e suportar o que vier’.
A tempestade de
verão passou. E ao invés do que muitos acreditam sobre chuvas, ela não
destruiu. Pelo contrário, fez florescer. Flores, sorrisos, olhares. Amor.
Amor... E agora, anseio incessantemente viver inúmeras outras estações ao teu
lado, inúmeras eternidades.
Era terça.
Noite. Eu sorria.”
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