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2024

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  Eu quero recomeçar.  Eu preciso recomeçar.  Parece que eu vivi mais do que um ano em 2023. Foram tantas histórias, tantos conflitos, tantas angústias e, para compensar, algumas vitórias. Sonhei, sorri, chorei, gritei, comemorei, tive o coração partido, vivi histórias inimagináveis. Perdi pessoas que amei, quase perdi pessoas que amo, senti o meu coração pulsar em sua maior intensidade. Senti. No fim, parece ter restado um grande vazio - e quem sabe algumas experiências.  Talvez eu esteja virando um velho ranzinza. Talvez eu esteja buscando por um pouco de paz em meio à imensidão. Talvez eu esteja buscando alegria em meio à tristeza. Talvez eu esteja buscando esperança em meio ao vazio.  Não sei se acredito muito na ideia de que, na virada de um ano para outro, tudo se modifique. Acho que isso não depende apenas do caos do acaso. Talvez por isso, este ano, eu não queira esperar ou desejar nada. Eu quero fazer. Eu quero lutar. Eu quero conquistar. Eu quero ser o meu melhor para mim. Eu

2022

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Se eu pudesse definir o último ano em uma palavra, eu poderia dizer “renovação”. A verdade é que 2022 foi um dos anos mais difíceis, mais cansativos e mais solitários de minha vida, mas, mesmo assim, pude viver inúmeros bons momentos, seja sozinho ou com outras pessoas. Foram muitas mudanças... Despedidas, começos, recomeços, novidades... Foi um ano em que vivi no limite – do cansaço, da emoção, das angústias – e que parece ter terminado com chave de ouro, como um final sem amarras da temporada de uma série qualquer. Eu renasci e talvez haja uma certa poesia em meio à todo o caos que envolve os renascimentos: os meios para um fim – que nada mais é do que um recomeço. Em 2022, eu me arrisquei. Eu me permiti sentir, me permiti viver. Enfrentei alguns dos meus maiores medos, encarei de frente os meus piores demônios... E cá estou. Algumas cicatrizes a mais, mas mais forte do que nunca estive. É chegada a hora de por em prática esses renascimentos, recomeços e renovações... E é óbvio que o

Absolutamente Só

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Vai chegar um dia em que você vai perceber que está só. Não haverá uma mão amiga, um ombro disposto a te consolar... Nada. Apenas um abismo entre você e o mundo lá fora. Haverá uma dor excruciante, um vazio inefável, uma sensação de não-pertencimento, uma ausência cruel de todos aqueles que um dia disseram estar ali contigo – e dos que, também, nunca o disseram. Você vai sentir as lágrimas escorrerem dos teus olhos, o suor escapar do teu corpo e o sangue derramar da tua alma. Ninguém vai estar ali. Absolutamente ninguém. Você vai se perceber só e, por mais que isso seja libertador, você vai sofrer. A dor vai te rasgar aos poucos, vai te fazer temer o mundo lá fora, se angustiar com o incerto, não confiar no primeiro ou segundo sorriso amigo que surgir. Você vai se calar, vai se isolar. As lágrimas, o suor e o sangue continuarão a vazar e você... Você vai simplesmente estar só. Absolutamente só. Não haverá quem te puxe do fundo do poço, não haverá quem te ouça, não haverá quem sequer te

2021

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2021 foi um ano difícil. Aliás, acredito que seja possível dizer que este tenha sido um dos piores anos da minha vida – estando ali no top 3 dos piores. Não sou daquelas pessoas extremamente elevadas que dizem “Amém!” a todas as desgraças que acontecem, mas tenho a convicção de que elas fizeram – e fazem – parte da minha jornada até aqui e, embora eu ainda não veja a tão esperada bonança após a tempestade, acredito que algo novo esteja surgindo ultimamente... Algo que tem florescido dentro de mim... Talvez, até mesmo, um novo eu... E isso tem sido algo bom de se ver e de se ser. Ao final do ano passado, fui capaz de reconhecer que 2020 foi o ano em que pude conhecer um pouco mais de mim, ou melhor, de me reconhecer. Talvez, se nada do que tivesse acontecido no ano anterior tivesse realmente acontecido, acredito que eu provavelmente não estaria escrevendo esse texto agora. Em 2020 eu me (re)conheci, em 2021 eu aprendi... Sobre 2022, ainda não sei muito o que vai acontecer. Talvez seja u

Pausas

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Tenho me sentido cansado ultimamente, mas não cansado de exaustão. É um cansaço existencial. Não tenho tido muito energia. Nem para sair, nem para manter aquilo que sinto. Nem para ficar em casa, nem para explorar o mundo ao meu redor. É um cansaço que mais parece estar relacionado a um gasto excessivo de energia nos últimos tempos. Meu corpo tem sentido isso intensamente e é algo bastante doloroso. No primeiro semestre do ano, como sempre, tentei me mostrar ser capaz de fazer mil e uma coisas. Consegui. Como sempre, fui capaz de cumprir todas as minhas demandas em tempo ágil. Um cansaço aqui, um pico de energia ali... E voilá ! Tudo ocorreu perfeitamente. De julho para cá, optei por fazer o contrário – tanto na vida acadêmica/profissional quanto na pessoal. Resolvi me dar um espaço maior. Resolvi me dar mais liberdade... E como foi bom poder sentir um pouco mais de mim, do meu corpo... Como foi bom poder sentir a liberdade de poder simplesmente respirar. Somente depois disso que me pe

Carta ao Meu Melhor Eu

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Ao meu melhor eu, Escrevo essas poucas palavras, simples e sem graça, para a melhor versão de mim. Não sei ao certo se lhe conheço, ou se um dia vou te conhecer, mas sei que aí dentro, pelo meio das entranhas ensanguentadas do meu ser, você está, escondido, se revelando em pequenos momentos. Meu eu, as vezes tenho dúvidas se é realmente meu. Te olho no espelho, mas em muitos momentos não me reconheço. Será que de fato somos o mesmo? Será que realmente nascemos do mesmo útero? As vezes duvido que um dia nos encontraremos definitivamente, mas não perco as esperanças, não. Ao contrário, sigo te buscando, no interior do meu interior, no mais profundo do meu ser, pois sei que, em algum lugar, eu te encontrarei. Enquanto essa busca não se finda, sigo caminhando, lentamente, nos passos amargos de ser quem sou. Por aqui, está tudo certo, na medida do possível da frágil existência humana. Um dia nos encontraremos. Abraços, Você.

Sentimento #064 – Partes do Que Somos

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“– Não deveria abrir mão de quem você é por causa de outra pessoa. – Não estou abrindo, porque não sou só isso.” – Lili Borghes (em Lion) É engraçado como, ao longo de nossas vidas, conseguimos ser várias coisas em uma só. Às vezes, essas diferenças estão em gestos, hábitos ou costumes que só aparecem em determinados espaços ou grupos de pessoas, como um tipo de piada mais picante que só soltamos em frente a alguns amigos mais íntimos... Ou aquele lado mais sério que surge quando estamos no trabalho... São aquelas inúmeras facetas que, juntas, formam toda a nossa complexidade. Já ouvi algumas vezes que eu deveria mudar certas coisas em mim. Umas acatei por achar que, dessa forma, eu seria alguém melhor; outras eu optei por modificar pelo medo de perder alguém... E demorou um bom tempo até que eu percebesse que eu não deveria mudar sempre pelas pessoas ao meu redor, que poderia haver certos acordos, que ambas as partes poderiam ceder... É doloroso perceber isso... Quantas vezes me silen