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Mostrando postagens de novembro, 2021

Pausas

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Tenho me sentido cansado ultimamente, mas não cansado de exaustão. É um cansaço existencial. Não tenho tido muito energia. Nem para sair, nem para manter aquilo que sinto. Nem para ficar em casa, nem para explorar o mundo ao meu redor. É um cansaço que mais parece estar relacionado a um gasto excessivo de energia nos últimos tempos. Meu corpo tem sentido isso intensamente e é algo bastante doloroso. No primeiro semestre do ano, como sempre, tentei me mostrar ser capaz de fazer mil e uma coisas. Consegui. Como sempre, fui capaz de cumprir todas as minhas demandas em tempo ágil. Um cansaço aqui, um pico de energia ali... E voilá ! Tudo ocorreu perfeitamente. De julho para cá, optei por fazer o contrário – tanto na vida acadêmica/profissional quanto na pessoal. Resolvi me dar um espaço maior. Resolvi me dar mais liberdade... E como foi bom poder sentir um pouco mais de mim, do meu corpo... Como foi bom poder sentir a liberdade de poder simplesmente respirar. Somente depois disso que me pe

Carta ao Meu Melhor Eu

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Ao meu melhor eu, Escrevo essas poucas palavras, simples e sem graça, para a melhor versão de mim. Não sei ao certo se lhe conheço, ou se um dia vou te conhecer, mas sei que aí dentro, pelo meio das entranhas ensanguentadas do meu ser, você está, escondido, se revelando em pequenos momentos. Meu eu, as vezes tenho dúvidas se é realmente meu. Te olho no espelho, mas em muitos momentos não me reconheço. Será que de fato somos o mesmo? Será que realmente nascemos do mesmo útero? As vezes duvido que um dia nos encontraremos definitivamente, mas não perco as esperanças, não. Ao contrário, sigo te buscando, no interior do meu interior, no mais profundo do meu ser, pois sei que, em algum lugar, eu te encontrarei. Enquanto essa busca não se finda, sigo caminhando, lentamente, nos passos amargos de ser quem sou. Por aqui, está tudo certo, na medida do possível da frágil existência humana. Um dia nos encontraremos. Abraços, Você.

Sentimento #064 – Partes do Que Somos

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“– Não deveria abrir mão de quem você é por causa de outra pessoa. – Não estou abrindo, porque não sou só isso.” – Lili Borghes (em Lion) É engraçado como, ao longo de nossas vidas, conseguimos ser várias coisas em uma só. Às vezes, essas diferenças estão em gestos, hábitos ou costumes que só aparecem em determinados espaços ou grupos de pessoas, como um tipo de piada mais picante que só soltamos em frente a alguns amigos mais íntimos... Ou aquele lado mais sério que surge quando estamos no trabalho... São aquelas inúmeras facetas que, juntas, formam toda a nossa complexidade. Já ouvi algumas vezes que eu deveria mudar certas coisas em mim. Umas acatei por achar que, dessa forma, eu seria alguém melhor; outras eu optei por modificar pelo medo de perder alguém... E demorou um bom tempo até que eu percebesse que eu não deveria mudar sempre pelas pessoas ao meu redor, que poderia haver certos acordos, que ambas as partes poderiam ceder... É doloroso perceber isso... Quantas vezes me silen