Pausas

Tenho me sentido cansado ultimamente, mas não cansado de exaustão. É um cansaço existencial.

Não tenho tido muito energia. Nem para sair, nem para manter aquilo que sinto. Nem para ficar em casa, nem para explorar o mundo ao meu redor. É um cansaço que mais parece estar relacionado a um gasto excessivo de energia nos últimos tempos. Meu corpo tem sentido isso intensamente e é algo bastante doloroso.

No primeiro semestre do ano, como sempre, tentei me mostrar ser capaz de fazer mil e uma coisas. Consegui. Como sempre, fui capaz de cumprir todas as minhas demandas em tempo ágil. Um cansaço aqui, um pico de energia ali... E voilá! Tudo ocorreu perfeitamente.

De julho para cá, optei por fazer o contrário – tanto na vida acadêmica/profissional quanto na pessoal. Resolvi me dar um espaço maior. Resolvi me dar mais liberdade... E como foi bom poder sentir um pouco mais de mim, do meu corpo... Como foi bom poder sentir a liberdade de poder simplesmente respirar.

Somente depois disso que me percebi nesse cansaço existencial que parece vir de um certo vazio existencial... Eu precisava de uma pausa. Precisava de um momento para mim, no qual eu poderia recuperar as minhas energias, me recuperar de mágoas e dores tanto físicas quanto emocionais. Eu precisava de uma pausa para poder não apenas sentir, mas para poder me recarregar.

Hoje faço aqui uma pausa. Não se trata de um adeus. Pelo contrário! Acredito ser esta uma pausa estratégica, como a dos grandes artistas que fazem certos retiros antes de simplesmente trazerem algo novo ao mundo. Vivo da arte, vivo de mim, vivo da minha energia, daquilo que deposito em meus textos, em minhas histórias, em meus personagens... E é impossível gastar energia sem repô-la suficientemente.

Alguns textos serão postados esporadicamente, mas sem o ritmo atual. Aos poucos, conforme eles forem sendo escritos... Acredito que assim poderei ter o tempo que preciso para mim, mas sem deixar de fazer aquilo que mais amo: escrever.

Até breve!

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