Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2021

O que Ofertamos ao Mundo

Imagem
Tenho pensado bastante sobre mim nos últimos tempos. Acredito que talvez seja uma reverberação da terapia... A verdade é que, por muitos anos, eu tentei evitar a pensar em mim. O que eu sentia, o que eu fazia, o que eu desejava, o que eu temia, o que me machucava, o que me excitava... Nada daquilo parecia ter valor. Ao menos não para mim. Tudo começou com uma leve reflexão sobre os meus sentimentos, depois parti para o que sinto pelas pessoas ao meu redor, para o que elas sentem por mim, para como me sinto diante do que elas sentem por mim... Enfim... Uma reflexão bem aprofundada que me fez pensar bastante sobre como somos vistos no mundo e sobre como o enxergamos também. Eu sempre tentei ofertar o meu melhor aos outros. Não que eu seja um alecrim dourado, um anjo de candura ou algo do tipo. Pelo contrário. Errei, erro e continuarei errando. Errar é algo natural – e perceber isso me foi extremamente perturbador (e satisfatório)! Dá uma certa paz se perceber como alguém capaz de errar,

Sentimento #055 – O Grande Amor

Imagem
“[...] não acho que vá encontrar meu Don Juan algum dia. E nem me importo. Você não pode sentir falta daquilo que não conhece.” – Cecelia Ahern (em Simplesmente Acontece) Lembro que, desde a minha infância, eu sonhava em viver um grande amor. Assistia encantado aos filmes e via aquelas histórias sobre os casais que se apaixonavam perdidamente e que viviam felizes para sempre. Eu desejava viver algo assim. Desejava me apaixonar, encontrar um grande amor e, quem sabe, ser feliz para sempre... No fundo, eu queria ser o príncipe encantado de alguém. Conforme eu crescia, aprendi que o amor e a felicidade não eram tão simples assim. Aprendi que amar e ser amado é uma verdadeira mistura de sentimentos e que, às vezes, por mais que tentemos o contrário, podemos acabar machucando aquele/aquela que amamos. É inevitável... Somos humanos e, feliz ou infelizmente, nem sempre vamos poder e/ou querer fazer tudo aquilo que o outro deseja – e, talvez, isso nem fosse algo saudável. Aos poucos, fui apren

Solidão

Imagem
Uma das coisas que a pandemia mais me fez pensar foi sobre como estou só. Acho que eu não tive a noção disso até me ver completamente isolado em casa. Antes, eu parecia estar cercado de pessoas... Seja na universidade ou no teatro, sempre que eu olhava ao redor, era possível encontrar alguém. Mesmo assim, havia em mim uma sensação de solidão, como se todas aquelas pessoas ali não estivessem realmente comigo – e por incrível que pareça, eu estava certo. Pouco depois da morte do meu cachorro, em abril do ano passado, fui inundado com esses pensamentos mais uma vez. Eu não tinha com quem conversar. Não tinha com quem desabafar. Vivenciei aquela dor de uma forma reclusa, contando apenas com o apoio – grandioso, diga-se de passagem – de minha mãe. Mesmo assim, era como se faltasse algo. Era como se nenhuma daquelas pessoas, que antes estavam ao meu redor, continuassem ali. Óbvio que, como toda boa pessoa autodepreciativa, comecei a imaginar cenários caóticos, nos quais eu não merecia ter pe

Dica de Série: American Horror Stories (2021)

Imagem
Sinopse: O seriado American Horror Stories é um spin off de American Horror Story, trazendo novas histórias de arrepiar, envolvendo tanto personagens já conhecidos do público, como seres completamente novos. A ideia é expandir esse universo tão amado... e tão assustador. Comentário: Como todo bom fã de American Horror Story, confesso que fiquei bastante empolgado quando American Horror Stories foi anunciada. A proposta de cada episódio com uma história diferente me pareceu bastante promissora, mas confesso que a minha animação não durou muito tempo. Os dois primeiros episódios – com uma história continuada que se passa na Murder House da primeira temporada da série original – pareceram bem desenvolvidos, mas acabaram ficando superficiais demais, o que, infelizmente, aconteceu em outros episódios da série. Acredito que o maior problema de American Horror Stories seja no desenvolvimento das histórias. Apesar do esquecível quarto episódio (o pior de toda a história das séries de Ryan Murp

Dica de Música: Warning Sign (Coldplay)

Imagem
Conheci essa música recentemente através de uma grande amiga. É uma daquelas músicas boas para ouvir com os amigos durante um rolê ou, até mesmo, com aquela pessoa especial numa noite estrelada.

Necessário

Imagem
Nos últimos dias tenho pensado bastante sobre as ausências. Uma frase, então, brotou em meio aos meus devaneios: “Se a tua ausência não é sentida, a tua presença não é vista como importante.” Perceber isso foi doloroso, mas foi algo extremamente necessário. Há um bom tempo tenho sentido certas ausências em minha vida, mas que não tinham explicações aparentes. Eram pessoas com as quais eu amava conviver e que, aos poucos, foram sumindo. É inegável a discussão de que somos passageiros nas vidas uns dos outros, mas mesmo assim... Ter essa compreensão não me impede de sentir a falta dessas pessoas – o que é algo bastante doloroso. Com a pandemia, me vi distante de muitas pessoas com as quais convivia. Algumas por causa da falta de tempo, outras pela falta de interesse... Porém, algumas, em especial, doeram mais do que tudo. Eram pessoas mais do que especiais para mim e que, abruptamente, num curto intervalo de tempo, foram embora sem ao menos dizer adeus. Foi olhando as últimas conversas c

Sentimento #054 – Sobre o Desejo de Sermos Vistos

Imagem
“É injusto não ser vista. É injusto não saber que também tenho coisas dentro de mim.” – Série “Solos” (Episódio 1X03) Acho que, no fundo, todos nós queremos ser vistos. Na verdade, acredito que somos ensinados a isso desde a infância. Lembro das vezes em que algumas crianças vieram me mostrar – extremamente empolgadas – algo que elas conseguiram fazer. Seus rostos eram carregados de uma energia vibrante, uma alegria descomunal... Às vezes, aquilo era algo tão simples, tão sutil; mas, para eles, parecia significar muito mais. Parece que crescemos esperando os olhares do mundo. Buscamos os olhares de aprovação dos nossos pais e familiares, depois parecemos buscar a aceitação dos nossos amigos, daqueles por quem nos atraímos ou, até mesmo, por aquelas pessoas pelas quais nos apaixonamos. Buscamos fazer o certo, agir conforme o esperado. Porém, muitas vezes, nesse trajeto, acabamos por nos machucar. Enquanto tentamos fazer com que os olhares externos nos vejam, acabamos por não olhar em di

Quando a Festa Acabar

Imagem
Quando a festa acabar, talvez você vá embora. Talvez não... Talvez você siga um novo caminho, talvez encontre um novo amor, talvez crie uma nova história, talvez se torne um novo alguém... Nem sei por que digo essas coisas. No fundo, eu já sei como isso tudo vai terminar. Quando a festa acabar, você vai embora. E como eu queria que você ficasse... Como eu queria que os nossos sonhos se tornassem realidade, que os nossos desejos se concretizassem, que tudo aquilo que planejamos um dia se tornasse o agora e não um mero futuro projetado por dois amantes bobos. Talvez nós fôssemos a Paris ou a alguma praia quase deserta. Talvez viajássemos quilômetros de distância ou ficássemos por aqui mesmo. A verdade é que nada disso importaria... Nem o lugar, nem o tempo, nem o contexto... A única coisa que tornaria tais momentos únicos, especiais, era que estivéssemos juntos. Lado a lado... Como um dia desejamos. A festa acabou. Você se foi. Nada do que restou lhe cativava mais. Nada do que eu poderia

Dica de Livro: Viva Bem a Velhice (1985)

Imagem
Sinopse: Um dos mais notáveis psicólogos do século XX, ele próprio já beirando os oitenta anos de idade, ensina - em linguagem agradável e bem-humorada - como os idosos podem administrar sua vida, sem depender dos outros, criando para si mesmos um meio ambiente. Comentário: Esse livro me foi indicado em uma disciplina da graduação em Psicologia. Apesar de não ser adepto ao Behaviorismo Skinneriano, fiquei apaixonado pelo livro. A forma como o autor e a autora tratam a velhice, partindo não apenas de pressupostos científicos, mas também da experiência própria, faz com que a leitura se torne fluida e bastante agradável. Apesar de essa não ser o tipo de obra que indicamos por aqui, confesso que fiquei bastante curioso e instigado com o livro, já que, como os autores colocam: é importante pensar no envelhecer antes da velhice! Autores: B.F. Skinner e M. E. Vaughan. Capa:

Dica de Filme: Os Miseráveis (2012)

Imagem
Sinopse: Na França do século XIX, o ex-prisioneiro Jean Valjean (Hugh Jackman), perseguido ao longo de décadas pelo impiedoso policial Javert (Russell Crowe) por ter violado sua liberdade condicional, busca redenção pelo seu passado e decide acolher a filha da prostituta Fantine (Anne Hathaway). Comentário:  Uma das maiores vergonhas que eu tinha em relação a minha paixão pelo cinema era o fato de não ter assistido alguns filmes considerados clássicos. Hoje eu tive a cara e a coragem de assistir às 2 hr e 37 min de Os Miseráveis... Por que eu esperei tanto pra ver??! O filme, que adapta a obra do escritor francês Victor Hugo, é um musical de poucas cenas faladas e uma explosão de atuações incríveis e emocionantes! A história do “bandido” Jean Valjean nas ruas da França do século 19 é de atualidade assustadora. Desde fé até revolução, Os Miseráveis mostra a vida de pessoas a margem da sociedade, famintas, pobres e sem esperança – um retrato bastante atual do nosso mundo pós-moderno.

Houve um Tempo

Imagem
Houve um tempo em que eu nada sentia. Meu coração não batia. Eu nada vivia. Era como se eu apenas existisse em meio à imensidão do universo, como uma estrela solitária rodopiando entre as galáxias. Nada parecia me atingir, nada parecia me ferir, mas o oposto também não acontecia. Eu fingia viver. Houve um tempo em que o meu coração se enrijeceu. Os sentimentos pareciam sequer existir em mim. Não havia luz. Não havia nada de bom que pudesse acontecer. Eu olhava em frente e enxergava o nada, um vazio escuro e infinito. Em contrapartida, eu parecia ter me tornado uma máquina, um robô aperfeiçoado que tentava, a todo custo, reparar as próprias peças e fazer qualquer coisa para fingir existir. Houve um tempo em que eu parei de acreditar no amor. Eu o enxergava apenas como uma ilusão, uma fantasia inventada para nos enganar. Algo que jamais pudesse se concretizar diante de mim... Eu não acreditava nas histórias que ouvia, enxergava o pior no mundo ao meu redor. Eu fingia sentir. Houve um tem

Sentimento #053 – Pequenas Alegrias

Imagem
“A vida não é perfeita para ninguém. Você não é a única a achar isso. Não há uma nuvem negra enorme pairando só sobre a sua cabeça, sem afetar outras pessoas. Só parece ser assim. Mas essa é a sensação que muitas outras pessoas têm, também. Basta você fazer o melhor com aquilo que tem [...]” – Cecelia Ahern (em Simplesmente Acontece) Dia desses, conversei com uma amiga minha sobre aqueles períodos da vida em que nada parece dar certo. Somos soterrados por inúmeras notícias ruins ou que, simplesmente, não atendem às nossas expectativas. Nesses momentos, nada parece dar certo. Sentimos como se não tivéssemos sorte, como se fôssemos amaldiçoados, como se estivéssemos destinados a fracassar... E nada nem ninguém é capaz de mudar esse pensamento. É engraçado que não nos imaginamos enquanto seres completamente abençoados em outros momentos, seja quando acontecem coisas milagrosamente incríveis ou que não nos afetam tão negativamente. Parece haver em nós essa tendência de enxergar aquilo que

Vilão de Mim

Imagem
Dia desses, fui tomado por uma angústia profunda. Por mais que aquela situação me fosse familiar há um tempo, não me angustiei pela vontade de me encaixar ou pelo medo do que as outras pessoas iriam dizer diante daquilo que eu sentia. A minha angústia foi por que, ao olhar para mim, percebi um remendo. Eu não era capaz de me reconhecer... Há alguns meses, percebi que eu vinha me machucando fortemente em algumas relações. Inclusive, aqui faço um adendo ao dizer que não me coloco como uma vítima ou um alecrim dourado que é incapaz de machucar alguém. Por mais que a gente evite, por mais que a gente não queira, inevitavelmente acabamos fazendo isso em algum momento (e agradeço aqui à minha amiga Fábia por ter dito isso em uma das nossas intermináveis conversas divertidas). Voltando à minha reflexão... Percebi que eu tentava, de algum modo, me encaixar em certos espaços. Percebi que, muitas vezes, eu silenciava as minhas dores pelo medo do que os outros diriam, pelo medo de não me compree

Dica de Série: Solos (2021)

Imagem
Sinopse: Mistura de drama e ficção científica, Solos é uma série de antologia que explora o significado mais profundo da conexão humana ao acompanhar sete pessoas diferentes. Cada episódio traz uma história nova, contada do ponto de vista individual e situada em um futuro incerto – que inclui, por exemplo, robôs de inteligência artificial ou smart houses extravagantes. Nesse cenário, os sete personagens embarcam em aventuras emocionantes, descobrindo que, mesmo nos momentos mais isolados e nas mais adversas condições, estão todos interligados. Comentário: Fui assistir “Solos” com bastante empolgação. A pegada meio “Black Mirror”, o elenco de peso e a premissa de quase-monólogos dos episódios foi algo que me atraiu na série. Porém, para além das atuações brilhantes dos oito protagonistas dos sete episódios, senti que faltou um algo a mais na série. Talvez seja um aprofundamento nas histórias... Tudo pareceu rápido demais em quase todos os episódios. À medida que isso funciona em alguns

Dica de Música: Speeding Cars (Walking On Cars)

Imagem
Dia desses, navegando pelo Youtube, conheci essa música e essa banda... Foi paixão ao primeiro play!  

O Vento e a Brisa

Imagem
Certa vez, o vento e a brisa puseram-se a discutir sobre quem era mais importante. O primeiro declarava a sua onipotência baseando-se em sua força e altivez. Tentava reduzir sua adversária alegando que ela seria incapaz de realizar grandes movimentos dada a sua fraqueza e leveza. Ela, indignada, tentava se afirmar com veemência, discursando sobre o quanto era delicada, sutil e reconfortante e o quanto o vento, às vezes, por seu exagero – e, também, pela sua força – acabava por provocar a destruição. Permaneceram ali, em meio àquela discussão, por horas a fio, atacando fortemente um ao outro. Exaustos, aquietaram-se. Uma andorinha que observava aquela movimentação desde o começo, aproximou-se dos dois e indagou: – E então? Chegaram a alguma conclusão? Quem é o mais importante? A brisa e o vento se entreolharam. Estavam derrotados. Não foram capazes de encontrar argumentos que convencessem um ao outro. A andorinha então pôs-se a rir e disse: – Não veem que são dois tolos? – Ele

Sentimento #052 – Outros Eus

Imagem
“O mundo em que vive é amplamente responsável pela sua atuação, e num mundo diferente você seria uma pessoa diferente.” – B.F. Skinner e M.E. Vaughan (em Viva Bem a Velhice) Às vezes me pego pensando em como minha vida seria diferente se eu tivesse tomado atitudes diferentes em certos momentos do meu passado. Como eu estaria hoje se eu tivesse escolhido ir embora para outra cidade? Como eu estaria hoje se eu tivesse ido para uma outra escola? Como eu estaria hoje se eu tivesse me posicionado mais firmemente contra as coisas que me machucaram? São tantas possibilidades... Tantos momentos... Tantas possíveis ramificações. Acho engraçado que, por mais que eu pense nisso, não consigo me imaginar sendo completamente diferente do que sou hoje em dia. Talvez eu estivesse com um corte de cabelo diferente, em uma profissão diferente, apaixonado – talvez, até mesmo, casado e com filhos. Porém, mesmo assim, eu não consigo olhar para essas possíveis versões com aquele ar de inveja de “como eu quer

Lágrimas

Imagem
O que fazer quando as lágrimas se tornam a única resposta diante de uma situação? Há quase dez anos eu me fiz uma promessa. Depois de um período conturbado em minha vida, disse para mim mesmo que não voltaria a chorar. Para quem duvida que eu tenha conseguido essa proeza, a verdade é que eu fiquei por quase três anos sem derramar uma lágrima. Ainda me lembro da música que eu ouvia naquele dia. Enquanto uma forte dor tomava conta do meu peito, senti meus olhos se marejarem e o inevitável aconteceu... As lágrimas escorreram pelo meu rosto. A dor que eu sentia parecia ser insuportável, não apenas pela tristeza que eu sentia naquele momento, mas, principalmente, pelo desconforto que eu sentia em meus olhos. Era como se eu sorvesse o ar pela primeira vez em tempos e a sua entrada em meus pulmões provocasse um enorme desconforto. Nunca escondi o meu choro. Sempre o deixei fluir. Porém, naquela época, eu sentia que era necessário sufocar aquilo dentro de mim. Não deu muito certo... Hoje compr

Dica de Livro: Doze Cartas de Amor (2021)

Imagem
Sinopse: 12 anos de uma relação de amor e carinho, representados em 12 cartas de amor, para lá de especiais. O casal principal de "Laura" está de volta para uma surpresa de dia dos namorados (e aniversário de casamento). Em uma noveleta cheia de romance, eles irão relembrar vários momentos marcantes nessa jornada que ainda estão construindo. E eles não estão sozinhos: as filhas do casal, também fazem parte dessa surpresa para lá de especial, que compõem as "Doze Cartas de Amor". Comentário: Costumo me apegar facilmente a alguns personagens de livros e os protagonistas de “Laura” e “Gabi”, ambos de autoria de Pâmela Labarca, são extremamente cativantes. Por isso, não me surpreendi ao ficar encantado e emocionado com a leitura de “Doze Cartas de Amor”, terceiro livro da autora, composto de cartas trocadas entre o casal protagonista do primeiro livro e com participações de Gabi e da princesa maravilhosa Isadora. Trata-se de uma leitura leve e encantadora que aqueceu o

Dica de Filme: Rua do Medo (2021)

Imagem
Sinopse: Rua do Medo é a adaptação da série de livros de mesmo nome de R.L. Stine. Após um acidente, um grupo de adolescentes passa a ser perseguido por um grupo de assassinos mascarados em 1994, na pequena cidade de Shadyside. Quando começam a investigar as mortes, eles descobrem que não são as primeiras vítimas e que a cidade tem uma longa história de assassinatos brutais que acontecem há anos. Agora eles precisarão descobrir uma forma de impedir os assassinos ou, então, não sobreviverão até o dia seguinte. Comentário: Quando vi o trailer da trilogia “A Rua do Medo”, confesso que esperava algo completamente diferente. Para o bem e para o mal, acabei sendo surpreendido. O primeiro filme, que se passa em 1994, não me agradou tanto. O casal protagonista, Deena (Kiana Madeira) e Sam (Olivia Scott Welch), não me cativou em nenhum momento. Inclusive, não me pareceu nada crível aquele grupo de jovens se unindo para salvar uma pessoa que a maioria deles parecia detestar. Porém, mesmo assim,

Pelo Direito de Correr Riscos

Imagem
Eu precisava de um texto para hoje. Tentei escrever algo, mas não consegui me inspirar com absolutamente nada. A alternativa seria recorrer a um dos textos programados para setembro, mas mesmo assim... Essa ideia não me agradava. Dia desses, conversando com meu amigo – e parceiro de blog – Gabriel Sena, falei sobre a minha dificuldade em fugir do roteiro, em precisar improvisar coisas de surpresa. Gosto de seguir a rotina, gosto das coisas programadas, agendadas, acertadas... O estranho, o inesperado, me assusta – e muito! Engraçado que, nos últimos dias, tenho me permitido viver algumas coisas diferentes. Desde a minha desorganização para com os textos de agosto às minhas leituras atrasadas, não tenho seguido muito os roteiros criados por mim mesmo. E como diriam os influencers : e está tudo bem. No último sábado, fui assolado por uma tristeza descomunal. Não tive forças para fazer absolutamente nada. Apenas me mantive deitado, ouvindo música, descansando... A vontade de chorar me con

Sentimento #051 – creScER

Imagem
“Engraçado, porque, quando a gente é criança, acredita que pode ser tudo o que quiser, ir para onde se tem vontade. Não há limites. Você espera o inesperado, acredita em mágica. Aí você cresce e a inocência acaba. A realidade da vida mostra a sua cara e você se sente golpeada quando constata que não pode ser tudo o que quer e que só precisa se conformar com um pouco menos do que aquilo que havia imaginado. Por que deixamos de acreditar em nós mesmos? Por que permitimos que os acontecimentos ou os números ou qualquer outra coisa além dos nossos sonhos governem a nossa vida?” – Cecelia Ahern (em Simplesmente Acontece) Quando eu era pequeno, sonhava em crescer. Imaginava que, quando eu me tornasse adulto, todos os problemas seriam facilmente resolvidos, que o envelhecer era uma dádiva e que, a cada aniversário, eu me tornaria uma versão melhor de mim mesmo, mais poderoso, mais bonito, mais confiante, mais inteligente, com mais amigos... As coisas não foram bem assim... Não me arrependo de

Sobre a Necessidade de Sermos Vistos

Imagem
Dia desses comecei a pensar sobre a necessidade que temos de ser vistos. Acredito que ela seja algo inerente à nossa existência. Vivemos em sociedade e, constantemente, esperamos não apenas a aprovação do outro, mas, também, o seu reconhecimento. É como se a nossa existência fosse validada apenas a partir dessa troca com o outro, o que pode nos gerar tanto uma dependência dessa necessidade de sermos vistos quanto um “se mostrar” exagerado. Confesso que não tenho muita paciência para conversar e/ou lidar com pessoas que tornam tudo sobre elas – até mesmo coisas que não têm nada a ver com a situação. Parece haver, nessas pessoas, uma necessidade de atrair o foco do outro para si, seja ao querer opinar – mesmo que negativamente – sobre tudo o que surge nas conversas cotidianas ou pela necessidade de se mostrar como detentor da única e inegável verdade. Fico me questionando o que as leva a serem assim. Fico me questionando se esse é o reflexo de uma sociedade que parece sempre ser vista, o