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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Creio que Seja o Amor

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Hoje senti algo novo, diferente. Senti que aquele vazio de outrora tornou-se desnecessário. Não! Não há mais motivos para sofrer por esse amor tão frio, cruel, mesquinho e masoquista. Não há razão para esperar ouvir a tua voz todos os dias. Não há razão para esperar um encontro casual ou até mesmo te ver me esperando em algum lugar. – O sinal está fechado, baby! Não há mais saída para nós dois. Minhas palavras tornaram-se repetitivas. Agora eu entendo os poetas românticos. Dizem que o amor e o ódio se confundem facilmente e acho – ou tenho a certeza? – de que esse é o meu problema: eu amo odiar você. Ou eu odeio te amar? Não sei. Perdi as contas de quantas vezes me questionei acerca disso. Tudo parece estar tão confuso, frio e escuro que a única saída que vejo é fugir. Fugir de um amor tão devastador que, ao mesmo tempo que me impulsionou, jogou meus pedaços em várias direções. Agora, sozinho, saio procurando partes de mim, tentando me consertar para seguir em frente. Insistimos

Três

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Passaram-se 3 dias. Ou seriam 3 meses? 3 anos? Não sei. Acho que a contagem foi pausada no dia em que parei de sofrer, no dia que parei de pensar em você com todo o meu amor. Creio que esse foi o dia em que desisti de tentar pelo “You and Me”. Lembra? Dia desses fui ao lugar do nosso primeiro encontro – não fui para tentar me lembrar de você. Lá lembrei de como você estava linda naquela noite (a cor preta realça tanto os teus olhos e o teu cabelo). Passei pelo lugar do nosso primeiro abraço (aquele abraço tão gostoso e apertado), o lugar onde, pela primeira vez, eu senti o teu cheiro, aquele cheiro que ficou marcado na minha roupa por alguns dias e que eu conseguia sentir sempre que quisesse. Se eu pudesse voltar no tempo, creio que não cometeria os mesmos erros. Acho que é para isso que as decepções servem: para nos alertar, para nos fazer pensar melhor. Dizem que os amantes são tolos, ingênuos, cegos. E eu concordo. Quem ama fica cego, enxerga apenas aquilo que quer ver. Hoje,

Máscaras

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Música alta, corpos saltitantes, mãos entrelaçadas, lábios colados e todos param ao te ver entrar. Os cabelos ruivos em contraste com a negra máscara. Teu corpo levemente desenhado – curvas tão realçadas –, o sorriso estonteante, tão misterioso... Paro, olho, observo. Teu corpo em direção ao meu. Minhas mãos gelam. Eu não posso! Vejo teu sorriso e o olhar dissimulado por trás da máscara. Tua mão em direção a minha e, mais uma vez, jogo-me aos devaneios impensáveis da paixão. Quando dou por mim, estamos no meio do salão. Nossa dança é observada por todos. Haveria algum espetáculo? Seríamos nós? Teu sorriso está mais próximo e continua tão belo quanto antes. – Porque foges de mim? – Ela perguntou. – Não sei. – Respondo nervoso. – Você tem medo? – Não. – Então por que fugir? – Ela sorri, como se constatasse alguma verdade absoluta. Não havia razão para fugir daquele par de olhos – agora tão bem demarcado pela máscara negra. Não havia razão para tanto medo, para tantos segr

Cacos

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Certa vez me julgaram por ser tão racional. Em troca respondi: – Sou um emocional que aprendeu a mentir sobre a racionalidade! Sim. É impossível sermos completamente racionais. É impossível que nunca tenhamos a atormentadora vontade de querer tentar, de querer se jogar, a vontade de, ao menos uma vez na vida, agir por impulso, mergulhar numa paixão, tentar compreender o que é aquilo que todos chamam de amor. Querer, desejar, amar alguém é saber colocar não as prioridades do outro diante das suas, mas agir em conjunto: dividir sonhos, desejos, medos, alegrias, angústias e tudo mais que houver. Amar não é querer que o outro peça perdão por tudo. Amar alguém é aceitar essa pessoa com todos os seus defeitos e qualidades, mas é também saber a hora de partir, quando preciso. “O amor é para os fortes!”, disse-me uma grande amiga quando falei – do auge da minha “racionalidade” – que o amor era uma fraqueza. Para amar é preciso saber calar, compartilhar, buscar entender alguém e até mes

A Corrida do Tempo

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E em meio a morte, vemos que somos tão frágeis, tão vulneráveis. A morte é uma faca de dois gumes. Por um lado, temos a sua incerteza – de que a qualquer momento ela pode chegar – e por outro temos a sua certeza – a de que ela sempre virá, não importa a hora. Quando alguém morre, seja esse alguém distante ou próximo a mim, sinto um abalo tão forte. Acho que é normal isso. Afinal, eu sou humano. Porém, para amenizar esse meu eu-sentimental, tento pensar em todas as coisas boas que aquela pessoa viveu: suas amizades, seus relacionamentos, seus momentos felizes, até mesmo os momentos em que a tristeza tomou conta e ele/ela fez disso algo maior, um motivo de força. Como se lembrar daqueles sorrisos fosse aliviar a dor que insiste em tomar conta de mim nesses momentos. A morte volta e meia aparece e nos diz que está aqui. Ela quer se manter presente, deixando explícito que não importa se somos jovens ou velhos, se somos filhos ou pais, amantes ou amados. Ela virá como um feroz lança-chama

Olhares

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Um ano. Alguns dias a mais ou a menos. Não importa. Há um ano eu te vi pela primeira vez. Você estava sentada ao lado de uma amiga e ouvi um cochicho teu falando sobre o “garoto que está chegando”. Na mesma hora eu olhei e foi quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez. Como eu queria guardar aquele momento... Não lembro qual a roupa que você usava, como seu cabelo estava arrumado. Nada. Bastou um simples olhar teu para que nada mais ao redor fizesse sentido, apenas nós dois.  Como você estava linda... Ou melhor, como você é linda! Lembro que, no decorrer dos dias, passei a te olhar constantemente. Por vezes você retribuía o olhar e virava o rosto ao me notar. De longe pude perceber pequenas coisas sobre você... O jeito doce, meigo, atrapalhado... Acho que daríamos uma boa comédia romântica. Daquelas bem clichê. Sabe? Em toda a minha vida, nunca passei por situação parecida. Dizem que os amores “platônicos” são os mais belos e perfeitos pelo simples fato de não levarem mág