Creio que Seja o Amor


Hoje senti algo novo, diferente. Senti que aquele vazio de outrora tornou-se desnecessário. Não! Não há mais motivos para sofrer por esse amor tão frio, cruel, mesquinho e masoquista. Não há razão para esperar ouvir a tua voz todos os dias. Não há razão para esperar um encontro casual ou até mesmo te ver me esperando em algum lugar.

– O sinal está fechado, baby! Não há mais saída para nós dois.

Minhas palavras tornaram-se repetitivas. Agora eu entendo os poetas românticos. Dizem que o amor e o ódio se confundem facilmente e acho – ou tenho a certeza? – de que esse é o meu problema: eu amo odiar você. Ou eu odeio te amar? Não sei. Perdi as contas de quantas vezes me questionei acerca disso. Tudo parece estar tão confuso, frio e escuro que a única saída que vejo é fugir. Fugir de um amor tão devastador que, ao mesmo tempo que me impulsionou, jogou meus pedaços em várias direções. Agora, sozinho, saio procurando partes de mim, tentando me consertar para seguir em frente.

Insistimos em dizer que aprendemos com os nossos erros, mas não com os erros do amor. Acho que essa é a maldição que cerceia os românticos: por mais que soframos por amar alguém, sempre tendemos a esperar algo a mais. Vamos esperar aquele amor feroz, doce e fulgaz que nos faça tremer as pernas, acelerar o coração, respirar fundo, arrancar as roupas e ser feliz sem olhar aqueles que nos critiquem ou se incomodem com a intensidade desse sentimento.

Tantas coisas nos dizem. Tantas palavras, tantos conselhos, tantos ditados populares e todos eles perdem a razão e o sentido quando há o amor. É... O amor existe. E por mais vezes que eu quebre a cara, por mais vezes que eu sofra, insisto em continuar a buscá-lo. E se eu não encontrar um amor de verdade? Bem, pelo menos eu morrerei tentando.

 

Texto Originalmente publicado em 18 de fevereiro de 2015.

Revisado em 01 de novembro de 2020.


 

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