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Mostrando postagens de 2021

2021

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2021 foi um ano difícil. Aliás, acredito que seja possível dizer que este tenha sido um dos piores anos da minha vida – estando ali no top 3 dos piores. Não sou daquelas pessoas extremamente elevadas que dizem “Amém!” a todas as desgraças que acontecem, mas tenho a convicção de que elas fizeram – e fazem – parte da minha jornada até aqui e, embora eu ainda não veja a tão esperada bonança após a tempestade, acredito que algo novo esteja surgindo ultimamente... Algo que tem florescido dentro de mim... Talvez, até mesmo, um novo eu... E isso tem sido algo bom de se ver e de se ser. Ao final do ano passado, fui capaz de reconhecer que 2020 foi o ano em que pude conhecer um pouco mais de mim, ou melhor, de me reconhecer. Talvez, se nada do que tivesse acontecido no ano anterior tivesse realmente acontecido, acredito que eu provavelmente não estaria escrevendo esse texto agora. Em 2020 eu me (re)conheci, em 2021 eu aprendi... Sobre 2022, ainda não sei muito o que vai acontecer. Talvez seja u

Pausas

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Tenho me sentido cansado ultimamente, mas não cansado de exaustão. É um cansaço existencial. Não tenho tido muito energia. Nem para sair, nem para manter aquilo que sinto. Nem para ficar em casa, nem para explorar o mundo ao meu redor. É um cansaço que mais parece estar relacionado a um gasto excessivo de energia nos últimos tempos. Meu corpo tem sentido isso intensamente e é algo bastante doloroso. No primeiro semestre do ano, como sempre, tentei me mostrar ser capaz de fazer mil e uma coisas. Consegui. Como sempre, fui capaz de cumprir todas as minhas demandas em tempo ágil. Um cansaço aqui, um pico de energia ali... E voilá ! Tudo ocorreu perfeitamente. De julho para cá, optei por fazer o contrário – tanto na vida acadêmica/profissional quanto na pessoal. Resolvi me dar um espaço maior. Resolvi me dar mais liberdade... E como foi bom poder sentir um pouco mais de mim, do meu corpo... Como foi bom poder sentir a liberdade de poder simplesmente respirar. Somente depois disso que me pe

Carta ao Meu Melhor Eu

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Ao meu melhor eu, Escrevo essas poucas palavras, simples e sem graça, para a melhor versão de mim. Não sei ao certo se lhe conheço, ou se um dia vou te conhecer, mas sei que aí dentro, pelo meio das entranhas ensanguentadas do meu ser, você está, escondido, se revelando em pequenos momentos. Meu eu, as vezes tenho dúvidas se é realmente meu. Te olho no espelho, mas em muitos momentos não me reconheço. Será que de fato somos o mesmo? Será que realmente nascemos do mesmo útero? As vezes duvido que um dia nos encontraremos definitivamente, mas não perco as esperanças, não. Ao contrário, sigo te buscando, no interior do meu interior, no mais profundo do meu ser, pois sei que, em algum lugar, eu te encontrarei. Enquanto essa busca não se finda, sigo caminhando, lentamente, nos passos amargos de ser quem sou. Por aqui, está tudo certo, na medida do possível da frágil existência humana. Um dia nos encontraremos. Abraços, Você.

Sentimento #064 – Partes do Que Somos

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“– Não deveria abrir mão de quem você é por causa de outra pessoa. – Não estou abrindo, porque não sou só isso.” – Lili Borghes (em Lion) É engraçado como, ao longo de nossas vidas, conseguimos ser várias coisas em uma só. Às vezes, essas diferenças estão em gestos, hábitos ou costumes que só aparecem em determinados espaços ou grupos de pessoas, como um tipo de piada mais picante que só soltamos em frente a alguns amigos mais íntimos... Ou aquele lado mais sério que surge quando estamos no trabalho... São aquelas inúmeras facetas que, juntas, formam toda a nossa complexidade. Já ouvi algumas vezes que eu deveria mudar certas coisas em mim. Umas acatei por achar que, dessa forma, eu seria alguém melhor; outras eu optei por modificar pelo medo de perder alguém... E demorou um bom tempo até que eu percebesse que eu não deveria mudar sempre pelas pessoas ao meu redor, que poderia haver certos acordos, que ambas as partes poderiam ceder... É doloroso perceber isso... Quantas vezes me silen

Esperança para Amar

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O amor não mais me apetece. Na verdade, tem um tempo que ele parou de fazer sentido para mim. Deixou de ser algo que eu procuro para a minha vida, um desejo, um sonho ou algo do tipo. Talvez eu não queira mais viver uma daquelas histórias de amor épicas ou com finais felizes... No fim das contas, amar se tornou um mero lembrete de todas as vezes em que fui infeliz. É estranho falar isso. Dizer que o amor me lembra da infelicidade. Por mais que houvessem bons momentos, amar foi aos poucos se tornando um receio, um medo de me entregar, de sentir, de viver o que quer que eu pudesse viver em torno disso. Sei que o amor é muito maior do que isso. Sei que os momentos incríveis e doces existem. Sei que existem coisas boas que possam vir dele, mas a verdade é que, para mim, tudo isso deixou de fazer sentido. Talvez eu seja, até mesmo, incapaz de me recordar de tais coisas boas. Acho que tomei aversão ao amor na forma em que ele é comumente colocado. Por mais que eu saiba que existem inúmeras p

Dica de Livro: Zen Para Distraídos (2018)

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Nos últimos anos tenho me interessado um pouco pelo Zen Budismo. Foi na busca por uma boa leitura introdutória que encontrei o livro “Zen Para Distraídos”. Ele é escrito por Nilo Cruz, tendo como base um programa de rádio apresentado pela Monja Coen. Para quem se interessa pela temática e/ou busca conhecer um pouco mais sobre meditação e bem-estar, o livro é uma ótima indicação! Autor: Monja Coen e Nilo Cruz.    Capa: 

Dica de Filme: Será Que? (2013)

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  “Será que?” é um filme de romance/comédia romântica lançado em 2013. Na trama, acompanhamos Wallace (Daniel Radcliffe) e Chantry (Zoe Kazan), dois jovens que se conhecem em uma festa. Essa é a primeira vez que ele sai após ter sido traído por sua ex-namorada. Os dois rapidamente se conectam, mas Wallace descobre que Chantry namora. Apesar disso, ele resolve continuar como amigo dela, ao passo que Chantry também começa a se encantar com seu mais novo amigo e seu namorado, Ben (Rafe Spall), é transferido para a Irlanda a trabalho. Assisti esse filme há alguns anos e recentemente me lembrei dele – não sei como fui capaz de esquecê-lo! O roteiro é uma delícia, os protagonistas são carismáticos e têm uma excelente química. Fica difícil não torcer para que Wallace e Chantry fiquem juntos, mesmo quando tudo parece ir contra isso. “Será que?” é um daqueles filmes que aquecem o coração e que nos deixam também com uma certa dose de esperança sobre o amor... Afinal de contas, será que (perceb

Meia-Noite

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Elise tocou as mãos enrugadas de Carol. Suas unhas estavam impecáveis naquela noite de segunda, como sempre estiveram. Carol a olhava com aquela ternura de sempre, aquele sorriso doce pelo qual havia se encantado há tantos anos. Os bips leves do aparelho davam tom àquela cena. Oitenta anos haviam se passado, e era como se tivessem sido oito. A vida voava com uma rapidez tão grande que as vezes parecia que o mundo iria se tornar um imenso liquidificador. Elise entendia que aquele eram seus últimos momentos, mas ainda assim tinha gosto por estar viva. Sentada naquela sala. A sala da sua casa. Ligada àquele aparelho imenso que não parava de bipar (e Deus o livre de parar), ela refletia todos os pequenos momentos que havia vivido. Sua juventude transviada, suas lutas e seus gritos, cada calcinha comprada e cada sutiã que jogou fora. Sentia que a vida havia sido melhor do que imaginava. Seus dois filhos, que não eram de seu ventre, mas de seu coração, estavam criados, seus netos haviam nasc

Sentimento #063 – Mudanças

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“Eu podia muito bem ter perguntado: eu também mudo completamente dessa maneira? Não fomos escritos para um único instrumento; eu não fui, nem você.” – André Aciman (em Me Chame Pelo Seu Nome) Sempre tive medo de mudanças. Por muito tempo, acreditei que se eu mudasse – mesmo que um pouco – as pessoas não seriam mais capazes de me amar. Tentei, então, permanecer o mesmo. Assim eu não precisaria me preocupar com as tais mudanças e, muito menos, com o que as pessoas achariam sobre isso. É óbvio que tal iniciativa não deu certo. Na verdade, é seguro dizer que ela me prejudicou mais do que tudo. Enquanto eu tentava me manter o mesmo, as pessoas ao meu redor mudavam e, exatamente por esse motivo, aos poucos, iam embora. Não restou muito após isso. Demorou para que eu percebesse que a mudança é inerente à vida, que, por mais que tentemos não mudar, o simples fato de viver já nos modifica – diariamente. Seja ao caminhar por uma rua em que caminhamos todos os dias, seja ao conhecer algué

O Universo

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Já cansei de pedir ao universo Um simples sinal qualquer Que me lembrasse ou me dissesse Pelo que vale à pena ficar   Já cansei de sonhar com o futuro Com as possibilidades Com tudo aquilo que um dia ainda possa me acontecer   Sinto o cansaço tomar conta do meu corpo Um cansaço cruel e feroz Que me marca E me apaga Lentamente   Sonhando com o impossível Desejando o que não se pode realizar Pareço ainda insistir numa ilusão criada por mim Por simplesmente crer Naquilo que talvez nunca vá acontecer   E é nesse momento Que me vejo sorrir Talvez pensando que Entre a chance de dar certo ou errado Há uma infinidade de possibilidades Inclusive a chance de que Algum dia Tudo aquilo vá se concretizar “Talvez seja como uma grande amiga Certa vez Me disse: Só não esqueça de abrir a porta para aquilo que você pede ao universo A gente nunca sabe quando aquilo que pedimos chega.”  

Dica de Série: Sex/Life (2021)

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Hesitei alguns meses para indicar Sex/Life por aqui e lhes direi o motivo! A série conta a história de Billie (Sarah Shahi), uma mulher casada, mãe de dois filhos, que, após algum tempo numa vida suburbana, começa a sentir falta das aventuras que vivenciava anos antes numa movimentada Nova York, em especial ao lado do seu ex-namorado Brad (Adam Demos). Billie agora é casada com Cooper (Mike Vogel), um homem “certinho”, responsável e que é completamente apaixonado por ela. É no meio dessa pequena crise que a protagonista começa a escrever um diário em seu notebook, o qual é descoberto pelo seu marido, levando ao desenrolar da série... Apesar das críticas que a série recebeu, gosto dela. Acho importante a discussão em torno do desejo pela liberdade sexual, da diferenciação entre amor e sexo... Porém, a série peca em um ponto crucial: a construção de seus personagens. Billie, Brad e Cooper são bons personagens, complexos inclusive, mas o desenvolvimento deles acaba dando muitas idas e vin

Dica de Música: The Funeral (Band Of Horses)

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“The Funeral” é uma música que toca no primeiro episódio da oitava temporada de How I Met Your Mother, em uma das cenas mais belas da série, onde dois personagens conversam sobre o grande amor de nossas vidas. A música é belíssima e vale a pena conferir!

Seis da Tarde

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Alberto pegou o casaco pendurado no recosto da cadeira e vestiu. Tinha sido um dia cansativo. Ele sentia isso nos calos dos seus pés. Todas as segundas eram cansativas, mas aquela em especial parecia ter um gosto muito mais amargo de cansaço. Guardou seus materiais na maleta surrada de couro preto que tinha ganhado de sua mãe quando se formou, trancou a gaveta e apagou a luz da sala. Trancou a porta e passou pelo corredor quase vazio. - Já vai, doutor? – a voz do faxineiro atravessou seus ouvidos e o despertou daquele cansaço. - Já, seu Zé. Hoje à noite eu tenho um compromisso. Lhe vejo amanhã? - Como sempre, doutor. Até amanhã! Com um último sorriso, se despediu de Zé e caminhou até o carro. Girou as chaves e ligou o motor. Olhou as notificações do celular antes de dar a partida. “Jantar no Florescer às 18, tá lembrado?”. “Impossível esquecer” digitou com um sorriso. Há muito tempo não sentia uma sensação tão gostosa. Era como se a vida estivesse de volta, e seu pulmão de mais de meio

Sentimento #062 – Além do Personagem

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“Do que adianta tudo o que conquistou se vive um personagem? Se essa mágoa sem sentido que guarda aí – aponta para o meu peito – o impede de aproveitar a nova chance que a vida te deu, que a mãe te deu?” – Lili Borghes (em Lion) Às vezes me questiono sobre quem eu sou, se estou sendo aquilo que realmente desejo ser ou se tenho me tornado um personagem, uma caricatura de mim mesclada com aquilo que desejam que eu seja. A verdade é que há alguns anos comecei a me desprender disso. Passei a tentar ser mais espontâneo comigo mesmo, com o que quero, com o que pretendo ser... E isso é libertador. Não sei se ainda tenho outros personagens e/ou máscaras em meu repertório no palco da vida, mas a verdade é que tenho tentado, cada vez mais, expressar o que sinto, não me prender, não me julgar, não me proibir.  Talvez seja por isso que, hoje em dia, eu não aceite mais que me podem, que tentem me colocar em gaiolas ou me prender a paredes para que eu não possa escapar. Ser quem eu sou, livre

A Segunda Vez

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É estranho como as coisas simplesmente mudam em nossas vidas com o passar do tempo. Deixamos de gostar de algumas delas, passamos a gostar de tantas outras... E, mesmo assim, mesmo com todas as diferenças dessas “versões” de nós, ainda parecemos os mesmos. Dia desses resolvi assistir novamente uma das minhas séries favoritas, que, lá atrás, no começo de 2014, foi responsável por uma grande mudança em minha vida. Eu estava bastante ansioso para chegar em um determinado episódio – o qual era, até então, o meu favorito e o mais marcante. Porém, após assisti-lo, me vi diante de uma certa crise existencial. Ele não era como eu me recordava. Eu não mais me sentia tão identificado com o protagonista, com a história... Com quase nada. Havia apenas uma sensação estranha, uma mistura de expectativa frustrada com um desejo por algo a mais. O episódio continuara o mesmo ao longo de quase sete anos, mas eu não... Eu mudei. A verdade é que eu não sou mais aquele garoto assustado e apaixonado de outr

Dica de Livro: Os Elefantes Não Esquecem (1972)

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Um dos últimos livros de Agatha Christie, “Os elefantes não esquecem” conta mais uma vez com a presença do famoso detetive Hercule Poirot. Quando a senhora Ariadne Oliver é questionada sobre o trágico passado dos pais de sua afilhada, sua curiosidade é atiçada. Como o caso nunca foi bem explicado, ela resolve recorrer a Poirot para descobrir o que ainda se encontra na memória das testemunhas, tentando encaixar as peças desse quebra-cabeças. Autora: Agatha Christie. Capa:   

Dica de Filme: Apenas Uma Vez (2007)

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“Apenas Uma Vez” ou simplesmente “Once” é um filme irlandês lançado em 2007. Na trama, acompanhamos um rapaz (Glen Hansard) que canta nas ruas de Dublin por alguns trocados. Em uma noite, ele conhece uma garota (Markéta Irglová) que se encanta por uma de suas músicas autorais. Os dois começam a se aproximar e, aos poucos, uma amizade se forma. Ela então o incentiva a ir para Londres atrás de um amor do passado, mas, antes de fazer isso, ele resolve gravar um CD ao lado de sua amiga e de alguns músicos de rua. Com uma trilha sonora incrivelmente fantástica, “Apenas Uma Vez” não possui grandes nomes no elenco, as filmagens parecem ser feitas com uma câmera livre – em um estilo documentário. Mesmo assim, trata-se de um filme belíssimo, poético, doce e leve... Vale a pena assistir! Classificação: 12 anos. Duração: 1h26min. Elenco: Glen Hansard, Markéta Irglová, Hugh Walsh, Gerard Hendrick, Alaistair Foley, Geoff Minogue e outros. Direção: John Carney. Trailer:  Pôster:

Meio-Dia

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- Dá a seta, filho da p... O taxista gritava pela janela do carro para uma moto que havia acabado de cruzar pela direita no trânsito caótico da metade do dia. No banco de trás, Cláudio estava imerso na profundidade azul da tela do celular. Os seus dedos se moviam numa velocidade quase hipnotizante. “Miriam, pode pôr o frango pra cozinhar e almoçar com o Davi, só chego depois das seis”. Nas notificações, duas ligações perdidas, uma de seu amigo, outra de sua amante. Cláudio não tinha tempo, nem pra um, nem pra outra. Olhava angustiado para o relógio, os dois ponteiros apontando para lados apostos, um pro norte, outro pro sul. E o coração de Cláudio palpitava e acelerava a cada sinal que se fechava. Aquele não era um dia comum, precisava chegar logo à sala 15 do prédio mais alto da avenida principal. Sua chance de promoção era o que o tinha motivado a se levantar naquela manhã acinzentada de segunda. Gerente sênior da firma. Isso mudava tudo, agora ele poderia bancar viagens para o exter

Sentimento #061 – Consequências

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“Porque, se eu não seguir essa intuição neste momento, quem sabe onde eu estarei daqui a vinte anos?” – Cecelia Ahern (em Simplesmente Acontece) Às vezes, sinto que gostaria de ter mais coragem. Gostaria de viver como os grandes amantes, aqueles que agem sem vacilar, impulsivamente, que se jogam em meio à vida sem pensar no que poderão se esbarrar. É como se houvesse, dentro de mim, algo que me prendesse, que me impedisse de ser quem eu realmente sou, como se as minhas amarras estivessem cada vez mais fortes. É estranho se sentir assim... Por mais que desejemos algo, às vezes não conseguimos simplesmente colocar aquilo em prática. Seja ao convidar uma garota que te interesse para sair ou tentar se jogar debaixo da chuva em um daqueles dias incríveis em que ficamos encharcados olhando para o céu com sorrisos enormes em nossos rostos. Eu queria ter mais coragem... Sinto que me falta um certo impulso para seguir as minhas intuições. Às vezes por medo do que me pode acontecer, por

Bússola

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Sinto, às vezes, a vontade de ter uma bússola, algo que me indique a direção certa a seguir ou coisa do tipo. Acho que é normal nos sentirmos perdidos de vez em quando, mas se isso se repete por muito tempo... Um sinal se acende. Para onde quero realmente ir? Já segui muitos caminhos ao longo da minha vida. Longas retas, caminhos curtos, sinuosos, curvos, íngremes... Enfim, dos mais diversos tipos. De alguns me arrependi, de outros não. É engraçado quando chegamos ao que achávamos ser o nosso destino e ele não se parece em nada com aquilo que sempre desejamos... A realidade em nada se parece com os nossos sonhos. Às vezes ela pode ser extremamente frustrante, mas, também, em outros momentos, pode nos surpreender... (e as duas situações já aconteceram comigo!) Por mais que eu deseje carregar comigo uma bússola que me indique a direção certa a seguir, sei que, ainda assim, o caminho não será fácil. Escalarei montanhas, nadarei em rios e mares, talvez eu me canse e desista no meio do cami

Dica de Série: What If... ? (2021)

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“What If...?” é a primeira série de animação do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) no Disney +. Lançada em agosto, ela tem como premissa apresentar como seria o universo se certos pontos cruciais dos filmes do MCU tivessem ocorrido de forma diferente. Em um desses cenários, temos a Agente Carter (Hayley Atwell) tomando o soro do super soldado que transformou Steve Rogers (Chris Evans, no MCU/Josh Keaton, na série) no Capitão América. Em outro, temos T’Challa (Chadwick Boseman) sendo capturado por Yondu (Michael Rooker) ao invés do Peter Quill (Chris Pratt, no MCU/Brian Delaney, na série). Para além da nostalgia de visitar certos momentos dos filmes, a série também nos aprofunda no multiverso (desencadeado a partir da série Loki). Vale a pena conferir! Classificação: 14 anos Número de Episódios: 9 episódios (1 temporada – 2ª temporada confirmada). Elenco: Jefrey Wright, Hayley Atwell, Chadwick Boseman, Samuel L. Jackson, Jeremy Renner, Danai Gurira e outros. Trailer:  Pôster:

Dica de Música: It's Time (Imagine Dragons)

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O ano era 2012. Eu conhecera a música “It’s Time” e acabei me apaixonando não apenas por ela, mas pela banda também. Essa é uma daquelas músicas que me dão vontade de recomeçar, de lutar por algo novo...

Seis da Manhã

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Mal raiava a manhã de segunda, o sol das seis invadiu o quarto e Milena se viu sozinha mais uma vez. O fim de semana tinha sido agitado, com saídas, festas, amigos, amigas e alguns beijos sem graça. A bebida ainda fervia seu estômago e a cabeça continuava tonta. Aquela sensação estranha da ressaca era mista. Milena odiava perder o controle e a sensação de desconforto da manhã seguinte, mas amava a leveza que uma dose de cuba libre trazia. Levantar da cama parecia um sacrifício, e talvez de fato fosse. Encarar a vida era algo que Milena ainda não tinha se acostumado, mesmo com seus vinte e poucos anos. Mas a vida não parava e a faculdade gritava seu nome. Ainda de pijama, ela se arrastou até a cadeira de madeira velha que tinha pegado na casa de sua avó e ligou o notebook. Na tela de bloqueio a foto da última viagem a Porto Seguro no ano retrasado contrastava. Ela estava feliz. Pedro ainda era seu namorado, Aline ainda telefonava e o mundo ainda era um lugar comum. Ou ela pensava que er

Sentimento #060 – O Belo e a Dor

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“Existe tanta beleza no mundo quanto existe dor. Você só precisa buscar por ela.” ­– Série “The Flash” (Episódio 7X04) Certas coisas parecem ter perdido o sentido para mim. Tenho me cansado cada vez mais de tentar enxergar as coisas boas no mundo. Parece que temos nos acostumado a tudo aquilo que de pior pode existir. Como já escrevi em um texto recente, vivemos em uma era marcada pelo ódio. Desde pequeno, sempre sonhei que o mundo poderia ser melhor. Sempre tentei fazer a minha parte para que ele pudesse ser algo bom, mas chegam certos momentos em nossas vidas que nem isso parece o suficiente. Nos cansamos de tentar. Nos cansamos de tentar mudar aquilo que parece não ter mais uma possibilidade de mudança. O engraçado é que nem mesmo esse desabafo vai ser capaz de me fazer desistir de tentar enxergar e fazer o que há de mais belo no mundo. Provavelmente, em alguns dias, voltarei a dar o meu melhor, a tentar enxergar a beleza naquilo que existe ao meu redor... Pessoas assim parecem nunc

A Lua e Eu

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A lua se esconde aos poucos por entre as nuvens. Esperta essa lua... Continuo à espreita tentando enxergá-la mais uma vez, mas ela insiste em permanecer onde está. Olho para a imensidão do céu e vejo as estrelas. Elas brilham com intensidade. Boa parte delas, assim como a lua, se escondem por detrás das nuvens. Eu queria poder vê-las hoje... Ao menos nesta noite... Sinto o ar frio inundar meus pulmões. Fecho os olhos e acaricio a grama ao meu redor. Sinto um arrepio em minha nuca e um choque dominar o meu corpo. Uma daquelas sensações gostosas que nos fazem querer espreguiçar... Abro os olhos lentamente. No céu, a lua ainda se esconde. Sinto um vazio. Olho ao meu redor e nada vejo. Nem carros, nem pessoas, nem mesmo insetos... Absolutamente nada. Apenas um silêncio angustiante. Admiro a lua. Mesmo ao longe, solitária em sua própria órbita, ela parece não estar só. Engraçado dizer isso... Ou escrever, nesse caso. Talvez, no fundo, eu também não esteja tão só quanto pareço achar. Talvez,

Dica de Livro: O Largo da Palma (1981)

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Conheci “O Largo da Palma” enquanto estava em minhas andanças fazendo vestibular. O livro não é muito grande e apresenta seis narrativas ao longo das suas 112 páginas, todas elas tendo como protagonistas o Largo da Palma, em Salvador (BA). As histórias são comoventes e emocionantes, do garoto mudo que se apaixona pela vendedora de pãezinhos de queijo ao avô que narra a história sobre sua neta que, violentada e espancada, agora definhava sobre uma cama. São narrativas viscerais e que nos encantam e comovem graças à escrita do autor. Autor: Adonias Filho. Capa: 

Dica de Filme: Os Agentes do Destino (2011)

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No melhor estilo Matrix, “Os Agentes do Destino” é um filme relativamente antigo (10 anos de lançado). Baseado no livro homônimo do autor Philip K. Dick, mesmo autor de Blade Runner – outro clássico do gênero Sci-Fi – o filme apresenta conceitos interessantes que vão desde “o que é o destino” até o famoso “livre arbítrio”. A grande sacada da trama é justamente o confronto entre o protagonista – vivido pelo Matt Damon – e a sua aparente falta de livre arbítrio. Passeando por um campo mais filosófico e as vezes religioso, o filme trabalha a ideia de que a tal da liberdade de escolha do nosso destino não nos pertence porque não somos capazes de agir com consciência e cuidado. Resumidamente: o ser humano é falho, incapaz de gerir sua existência e sempre tende ao caos (bem-vindos ao Brasil). No entanto, quando duas almas ligadas por existências passadas, se encontram por acaso na existência atual – contra os planos – e se apaixonam novamente, há uma grande revelação: o amor é insuperável. A

Uma poesia qualquer que me agrade

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Quis escrever uma poesia, Mas não sabia o que falar, Nem se haveria rimas Ou se seria só palavras.   Queria que me agradasse Ultimamente quero que tudo me agrade Não importa quanto tempo passe, Só vou parar de escrever quando encontrar a poesia perfeita.   Meu coração diz que estou perto, Minha mente diz que não existe, Meus dedos criam calos E meus olhos querem fechar.   Apaguei a luz da sala, Desliguei o computador, Deitei na cama e vi a lua Descobri, a poesia perfeita Já estava feita.