Bússola

Sinto, às vezes, a vontade de ter uma bússola, algo que me indique a direção certa a seguir ou coisa do tipo. Acho que é normal nos sentirmos perdidos de vez em quando, mas se isso se repete por muito tempo... Um sinal se acende.

Para onde quero realmente ir?

Já segui muitos caminhos ao longo da minha vida. Longas retas, caminhos curtos, sinuosos, curvos, íngremes... Enfim, dos mais diversos tipos. De alguns me arrependi, de outros não. É engraçado quando chegamos ao que achávamos ser o nosso destino e ele não se parece em nada com aquilo que sempre desejamos... A realidade em nada se parece com os nossos sonhos. Às vezes ela pode ser extremamente frustrante, mas, também, em outros momentos, pode nos surpreender... (e as duas situações já aconteceram comigo!)

Por mais que eu deseje carregar comigo uma bússola que me indique a direção certa a seguir, sei que, ainda assim, o caminho não será fácil. Escalarei montanhas, nadarei em rios e mares, talvez eu me canse e desista no meio do caminho... São inúmeras as possibilidades. A verdade é que a bússola em nada vai me servir. O que vai realmente me guiar, me dizer por onde devo ir, será cada momento, cada agora espalhado ao longo do caminho, cada nova chance, cada nova escolha, cada nova decepção, cada amor, cada dor, cada laço, cada afeto, cada abraço...

Talvez as bússolas sejam capazes de nos apontar a direção a longo prazo, mas elas são incapazes de nos indicar qual o melhor caminho, qual a melhor chance, qual o melhor destino... Bússolas servem apenas como um referencial, como uma filosofia de vida enraizada que insistimos em seguir... O que importa mesmo é cada passo, cada metro ou quilômetro andado, cada sentimento que surja pelo mundo afora... Cada mísero e/ou incrível momento. Talvez, no fundo, o que eu precise não é de uma bússola ou de um norte, mas sim de um novo caminho... Uma nova chance para recomeçar.  

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