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Mostrando postagens de 2015

Presente de Natal

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Querido Papai Noel, obrigado pelo meu presente. Aliás, o senhor caprichou no presente desse ano hein?! Chegou na hora certa, com a intensidade certa, com tudo no mais perfeito lugar. Quem diria que justamente o senhor iria me presentear com um amor hein?! Eu achei que tivesse sido um mau menino – dada as últimas circunstâncias –, mas o senhor surge e me dá um belo presente. E que presente! Um dos sorrisos mais belos que já vi, um dos abraços mais apertados que eu já recebi, um dos olhares mais sinceros que já tive. O beijo mais doce, mais leve, com a intensidade medida na frequência correta – se bem que intensidade e frequência são grandezas diferentes, mas não quero ser tão racional –, tudo tão perfeitamente calculado que chega até a assustar. Foi justo ali, onde eu menos esperava encontrar, no presente mais afastado, que eu encontrei tudo aquilo que eu precisava, ou melhor, tudo aquilo que eu merecia. Não sei se isso que aconteceu agora foi destino, sina, carma, algo escrito nas

Dois Corações

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Era uma vez um coração assustado. Era um coração grande, machucado, ferido, que se escondia incansavelmente perto de dois pulmões saudáveis. O coração, abatido, chorava horas e horas por um antigo amor. Ele tentava se reerguer várias e várias vezes, mas parecia estar numa roda gigante que nunca parava e nem o permitia descer. Era uma vez um coração assustado. Ele era um coração tão medroso que tinha medo da tristeza e da felicidade. Fugia da felicidade com medo da tristeza, fugia da tristeza em busca da felicidade. Era um coração meio masoquista o danado, mas sabia o que queria: viver uma história que o fizesse sorrir. Não precisava durar uma vida inteira. Quem sabe um verão ou um inverno? Um dia, dois ou, até mesmo, três? Era uma vez um coração assustado. Ele costumava correr para as montanhas em qualquer chance de felicidade e era lá onde ele se refugiava quando estava triste, para onde ele fugia. Coração bobo, infantil, imaturo, que carregava consigo tanta vontade de viver, mas

Querido Papai Noel

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Cansado, ele tirou a roupa que trajara durante todo o dia. Como toda armadura, aquela era pesada, quente; mas ele sentia prazer naquilo. Vestir-se de Papai Noel tornara-se um desejo, uma vontade que gritava tão alto que o fizera deixar seu mês de férias coincidir com o mês do Natal – não por parentes ou amigos, mas pela emoção de usar aquela roupa e levar alegria para algumas pessoas. Raul sabia do trabalho árduo. Passava os dias nas ruas com alguns pequenos presentes – uns feitos por ele, outros comprados em lojas baratas –, ele também levava flores e entregava para algumas das pessoas que passavam por ele. Não precisava ser criança, não precisava pedir nenhum presente de Natal; ele apenas fazia aquilo que o seu coração mandava. Fazia com amor, paixão, satisfação e, acima de tudo, gratidão. Raul era um bom homem, sorria para todos, arrancava sorrisos tão enormes quanto os dele. Porém, no fundo da sua alma, havia algo sombrio, algo que encobria o seu sorriso e somente poucas pessoas

Diálogo de um Amor Ferido

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– Então quer dizer que você me ama? – Ela indagou. – Amo. Amo com todas as minhas forças. Eu sou completamente apaixonado por você. – Que lindo! Você me faz sorrir quando diz isso. – Pude ver um sorriso bobo se formar no rosto dela. – Não é lindo. Não é lindo amar você. – Por que não? – Porque não é bom amar quem não ama a gente, quem não cuida da gente. É bom amar alguém que nos trate com valor, que nos respeite, que não pense que nos tem na hora que quiser. É bom amar alguém que, mesmo não te amando, te respeite; que diga o que quer que seja, que aquele é o momento errado, o lugar errado ou, até mesmo, que você é a pessoa errada. Não é bom amar alguém egoísta, alguém que só pensa em si e que só te procura nas horas em que a mente está confusa. Não é bom amar alguém que volta de tempos em tempos, diz que “gosta” de você, te assombra e então some, diz que não deveria ter falado aquilo. Dói você amar alguém inconstante. Dói você sentir seu coração ser arrancado do teu peito to

A Resposta da Ninfa ao Pastor – Walter Raleigh

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Cena do episódio 8 da sétima temporada de The Vampire Diaries! Música: Best That I Can - Vance Joy Recentemente ouvi um trecho dessa poesia em uma das mais belas cenas que existiu em "The Vampire Diaries" e que marcou o desfecho ( trágico ) de uma personagem que (mesmo sendo cruel) acabei me encantando pela intensidade. É uma poesia do escritor britânico Walter Raleigh! Se jovem fosse toda a gente e o amor, E a verdade na boca de cada pastor, Cada um destes prazeres me levaria A ir ser teu Amor em tua companhia. Mas ao redil o Tempo recolhe o rebanho, Quando o rio brame e esfria o rochedo, É quando Filomela fica como os mudos E o resto se lamenta de cuidados futuros. Murcham as flores, e o viço campestre Ao indócil Inverno logo se submete: Uma língua de mel, coração sem amor, Primavera de desejo, Outono de dor. Os teus vestidos, sapatos, canteiros de rosas, Tua boina, saia, flores preciosas, Breve quebram e murcham – esquecidas sã

Barreira de Sentimentos

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Por mais que as palavras queiram sair, elas tornaram-se difíceis. Escrevo linhas e as apago. Tomo o caderno em minhas mãos e rasgo algumas folhas com poucas coisas escritas. Nunca entendi meus bloqueios criativos. Acho que, por eu nomeá-los assim, nunca reparei que é justamente nesses momentos em que mais quero criar. Ideias e mais ideias, sonhos e mais sonhos; tantas coisas capazes de se tornarem grandes textos e histórias, mas que, por algum infeliz motivo, acabaram ficando presas na minha mente. Aos poucos fui analisando – me analisando – e tentando buscar a causa de tal bloqueio. Foi então que, após algum tempo, descobri que não se tratava de um “bloqueio criativo”, mas sim de um bloqueio de mim. Não sei se por medo das boas ideias – pelo fato de tanto me cobrar e considerar necessária a opinião de outras pessoas – ou por medo de elas terem surgido inspiradas em mim. Nunca fui bom para falar de mim. Não sei me definir, me elogiar e resumo minhas características da forma mais si

Finais Felizes

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Sempre acreditei em finais felizes. Podem me chamar de tolo, idiota ou utilizem o adjetivo que melhor se encaixar, mas sempre acreditei nisso – e muito! Sempre acreditei que, ao final de uma história, mocinhos seriam beneficiados por suas boas ações e teriam seus finais felizes ao lado dos seus amores ou com uma viagem ou com a realização de um sonho. Os vilões seriam castigados, punidos severamente. E assim, ao final de uma bela cena, surgiriam as palavras “The End” ou “Fim” – não importa. Aos poucos passei a enxergar a vida com outros olhos. Passei a ser “pessimista”, como minha mãe prefere dizer; mas prefiro utilizar a palavra “realista”. Passei a acreditar e enxergar que não existem finais felizes. As histórias que possuem “finais felizes” foram feitas para serem vendidas com o intuito de iludir ou de dar um simples vestígio de esperança para aqueles que já perderam a fé em tal utopia. Não são reais. Não existem finais felizes. Não existem histórias que acabem com finais perfei

A Carta

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Ultimamente não tenho feito muito sentido. Sinto que meu coração tem se apertado, apertado, apertado e se tornado cada vez mais comprimido. Um coração destinado a ser tão grande e que, por desventuras da vida, tornou-se um gigante reprimido. Nunca gostei de falar sobre mim. Aliás, sempre tive certo receio de expor meus sentimentos, minhas palavras, minha arte ou até mesmo a minha voz... Falar era difícil, apresentar qualquer trabalho era uma tarefa árdua. Porém, em alguns momentos eu conseguia demonstrar uma outra parte de mim, uma parte que nem eu mesmo tinha a noção de conhecer, uma parte romântica, forte, intensa, que sabia se expressar, sorrir, gargalhar alto, conversar, mostrar tudo aquilo que quer e deseja. Certa vez me perguntei: como sou capaz de der duas partes tão opostas dentro mim? Com o passar dos anos eu aprendi que não havia duas partes opostas. Havia apenas uma parte de mim, uma parte que se completava com vários pedaços – alguns opostos e outros não – que se encaix

Palavras

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Eu sinto meu coração acelerar. É como se, mais uma vez, meu corpo se enchesse de virtudes, como se as melhores coisas que existem em mim exalassem espontaneamente, sem pestanejar, num rompante. As tuas palavras me alegram, me fazem delirar, acalentam meu coração e, ao mesmo tempo, são capazes de provocar mais uma das feridas do jeito que só você pode fazer. Nunca me imaginei em tal situação. Nunca me imaginei amando alguém tão profundamente e agora, em meio a tantos sentimentos, eu não sei nem mais o que sentir. Amor ou ódio, tristeza ou alegria... Nada. Apenas um eu apático, que de tanto se ferir, deixou de esperar. Um alguém que deixou de esperar pelos amores, passou a esperar as dores, um eu pessimista que só consegue enxergar o pior em todas as pessoas que se aproximam. É um erro. Eu sei. Porém, na maioria das vezes, a melhor forma de enfrentar seus medos, é permitindo que eles entrem em você. Eu tenho medo. Eu tenho medo das palavras jogadas ao vento, sem sentimentos, apenas p

Sobre Dores e Amores

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Desde criança, sempre imaginei que um dia me apaixonaria. Não calculei uma idade provável, a ocasião ou o lugar, mas sabia que algum dia isso iria acontecer. Sempre pensei no amor como algo sublime, doce, leve, algo que me fizesse levitar sem tirar meus pés do chão, algo que me fizesse viajar sem precisar de uma passagem; algo que me fizesse ter uma felicidade que eu seria incapaz de conter, que transbordaria nas minhas palavras, gestos e pensamentos. Aos poucos, fui amadurecendo, me apaixonei algumas vezes e cheguei à conclusão de que amar nem sempre nos faz bem. Amar é uma escolha difícil e, infelizmente, poucas pessoas hoje em dia são capazes de optar por essa escolha. Muitas vezes me perguntei se havia uma estupidez em mim por ainda acreditar no amor... Acreditei que eu fosse apenas mais alguém que não aprende com os erros ou um iludido que escolhe amar mesmo sabendo que vai se ferir. Quando amamos alguém, vivemos um êxtase inicial, uma sensação de que nada nem ninguém poderá d

Egoísmo

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Meus pés alcançaram o chão. Agora eles parecem não mais querer voar. Minhas asas foram cortadas, sem a mínima chance de permitir um equilíbrio entre elas. Há apenas o chão. Meu coração encontrou a frieza. Agora ele parece não mais se aquecer. Meu calor se foi, sem a mínima chance de me manter quente por mais tempo. Meu corpo encontrou a solidão. Agora ele não mais tem o teu. Suas mãos me foram arrancadas, sem a mínima chance de segurá-las por mais tempo. Minhas palavras se cansaram. Agora elas parecem livres de sentimentos. Minha sensibilidade para o amor foi adormecida, sem a mínima chance de um pedido para que elas ficassem um pouco mais. Meus gestos tornaram-se incompletos. Agora eles não têm mais o reflexo das tuas respostas. Eles foram mutilados sem a oportunidade de uma súplica, uma súplica para que você não os deixasse morrer. Meus textos tornaram-se desmotivados. Agora eles são forçados. Minhas expectativas para com eles foram suprimidas; tornaram-se até inexistentes. Minha

A Drop In The Ocean

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  – [...] Tipo, isso de correr atrás do que quer. Acho que a gente foi e voltou muitas vezes. Mesmo quando tínhamos certeza do que queríamos, a gente botava dificuldade. Cada hora era um botando uma dificuldade. Se tivéssemos ido atrás do que queríamos de verdade, talvez não teríamos dado tantas voltas, mas isso nunca vamos saber... – Ela falou e eu pude imaginar um sorriso em sua face. Provavelmente, se estivéssemos juntos, eu teria segurado a mão dela, eu tiraria aquela mecha do cabelo que insistia em cair na frente do seu rosto, olharia em seus olhos e diria aquilo que eu mais queria dizer: – Eu deveria realmente correr atrás do que eu quero, ou melhor, de quem eu quero. Eu deveria correr atrás de você. Ela ficaria vermelha, iria tremer, me dar um tapa – provavelmente duvidando de minhas palavras –, mas mesmo assim eu as diria. Eu poderia ouvir inúmeras respostas: do “sim” ao “não”, com lágrimas ou sorrisos. Eu poderia chorar, beijar, abraçar, levar um tapa, o que fosse; mas e

Carta ao Amor Finito

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Meu amor, Hoje faz um ano que te vi pela primeira vez. Um ano desde que meus olhos brilharam por você pela primeira vez. Um ano desde que vi aquela foto, sorri e pensei “Por que não?”. Hoje faz um ano desde que li teus textos pela primeira vez. Faz um ano que ouvi aquela nossa música repetidas vezes durante o dia. Hoje faz um ano que sonhei, que sorri feito um imbecil por horas e horas. Um ano desde que deitei na cama e pensei por horas se eu deveria me arriscar, se eu deveria realmente me encantar por você. Eu já estava encantado. Hoje faz um ano que a minha paz acabou. Hoje faz um ano desde que deixei meu coração amar perdidamente, se entregar loucamente a uma estúpida paixão. Hoje faz um ano que passei a dormir tarde, acordar cedo, sonhar acordado e suspirar alto. Hoje faz um ano que resolvi abrir o meu coração, que deixei, de uma forma jamais vista, alguém invadi-lo e roubar a minha alma – em tão pouco tempo. Hoje faz um ano que eu sorri. Faz um ano que tremi, gelei, suei fri

A Música. A Desilusão. A Foto.

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Uma lembrança se faz presente. Faz um ano que ouvi aquela música... Por coincidência, o calendário foi corajoso ao me lembrar que naquele domingo e nos dois seguintes, três fatos mudaram quem eu era. Três passos de um estágio sem voltas. A música que inspirou, que marcou, que motivou e que foi ouvida diariamente ao longo desses trezentos e sessenta e cinco dias (sim, por extenso para mostrar o quão longo foi esse ano). A música que me fez ser um homem determinado (em boa parte do tempo) e que me acalentou durante várias noites de amargura. A música que me fez querer partir, ficar, amar, odiar, lembrar, esquecer, tentar, compreender, tentar compreender. A desilusão. O amor conturbado que quebrou a casca que aqui existiu por mais de dois anos. A desilusão que me fez não acreditar tão facilmente no amor e na sua beleza, que me fez duvidar de amizades e que, acima de tudo, alimentou a frieza do meu coração. A desilusão que me fez desacreditar ainda mais nas pessoas e nos seus falsos “E

Tempo

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O relógio na minha frente parece mentir. Já faz tanto tempo... Tanto tempo... Eu queria poder voltar no tempo, queria poder corrigir os meus erros, não ter aceitado os teus. Eu devia ter amado mais... Eu devia ter tentado mais... Um ano se passou. Tantas coisas mudaram... Eu mudei. Fui traído por amigos e amores. Fui jogado aos leões e sobrevivi. Enfrentei tempestades, vendavais e infernos; mas nenhum deles foi capaz de me desorientar tanto quanto você. Eu mudei. Acho que me tornei um remendo de sentimentos, um boneco quebrado que foi posto à venda no fundo de uma prateleira escondida. Um velho boneco com sentimentos que insiste em olhar para o relógio e lembrar de momentos que mereciam ser esquecidos. Uma década se passou. Tantas coisas mudaram... Eu mudei. Fiz novos amigos, perdi tantos outros. Tive vários amores e hoje casei. Tenho uma esposa, filhos a caminho... Tudo parece ter se encaminhado aos poucos e eu não mais tenho notícias de você. Eu não tenho mais notícias do meu pri

Pra Nunca Esquecer – Epílogo

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Eu acho que chegou a hora de dizer adeus. Adeus não somente a quem eu era, mas ao que eu fui, ao que me tornei e ao que eu poderia me tornar. Eu acho que chegou a hora de dizer adeus aos pequenos momentos, às doces lembranças e, até mesmo, ao meu maior pesadelo: você. Acho que chegou a hora de dizer adeus aos choros intermináveis, aos pesos insuportáveis e à firmeza inabalável. Chegou a hora de dizer adeus a tudo aquilo que existiu entre nós dois. Pra nunca esquecer, eu permiti me perder, permiti que o meu coração fosse o mais louco dentre todos os corações, com uma batida única e forte. Pra nunca esquecer... Pra nunca esquecer das nossas músicas, das nossas lembranças, das nossas mágoas, dos meus choros. Pra nunca esquecer o nosso amor. Desde criança, eu sempre quis lembrar. Aliás, desde sempre, meu maior medo foi justamente esquecer. E agora, me vejo preso em um final, escrevendo um epílogo, um triste epílogo onde não há finais felizes – se é que há um final! Pra nunca esquecer

O Quarto

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Eu poderia fechar as janelas, mas a música me parecia tão condizente ao momento. Por mais que as paredes fossem velhas, que o chão estivesse sujo e que eu estivesse em meio a lágrimas com uma garrafa de vodka em uma das minhas mãos, eu poderia dizer que havia beleza naquele momento. Tantas pessoas falam que homens não choram, mas estão enganadas. Homens choram. É como se fosse o fim de uma história. É como se todos os meus sonhos tivessem chegado ao fim e eu estivesse preso ali, mas com as janelas e portas destrancadas me esperando para sair daquele fétido lugar. Eu poderia sair, eu deveria sair; mas eu não conseguia. Após tanto tempo, após tantas feridas terem ficado em aberto, eu me vi perdido, sem esperança, com o coração vazio. As circunstâncias que haviam me levado até ali foram as mais banais: traições, mentiras, jogos mentais... Enfim, coisas que todos dizem que “vai passar”. Não... Não vai passar tão fácil quando você só estiver acostumado a elas, quando você passar anos e

Amar o Amor

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Há uma linha tênue entre o amor e a dor. Há um espaço vazio entre as paredes do meu coração. Acho que passamos a nossa vida toda na expectativa de encontrar alguém, de nos preencher, de conhecer alguém que nos faça suspirar. Um alguém que nos “complete”. Em todas as minhas experiências aprendi que, mesmo com as diferenças, não há complementação. Não há um sentido bom em ser “completado”. Na física do amor, opostos não se atraem. Ok. Temos nossas exceções... Mas, no fundo, a verdade é que quando há o amor e a vontade de estar junto, as diferenças parecem nem existir. Por mais que tentemos repelir esse alguém, algo parece nos puxar de volta para aquela pessoa. Há um erro na lógica da vida. A partir do momento em que pensamos precisar de alguém para sermos felizes, depositamos todas as nossas fichas nessa esperança, nessa vil esperança de que alguém (além de nós mesmos) será capaz de fazer aquilo que sequer conseguimos. Antes de encontrar alguém, precisamos nos encontrar. Antes de amar