Pra Nunca Esquecer – Epílogo
Eu acho que chegou a hora de
dizer adeus. Adeus não somente a quem eu era, mas ao que eu fui, ao que me
tornei e ao que eu poderia me tornar. Eu acho que chegou a hora de dizer adeus
aos pequenos momentos, às doces lembranças e, até mesmo, ao meu maior pesadelo:
você. Acho que chegou a hora de dizer adeus aos choros intermináveis, aos pesos
insuportáveis e à firmeza inabalável. Chegou a hora de dizer adeus a tudo
aquilo que existiu entre nós dois.
Pra nunca esquecer, eu permiti
me perder, permiti que o meu coração fosse o mais louco dentre todos os
corações, com uma batida única e forte. Pra nunca esquecer... Pra nunca
esquecer das nossas músicas, das nossas lembranças, das nossas mágoas, dos meus
choros. Pra nunca esquecer o nosso amor.
Desde criança, eu sempre quis
lembrar. Aliás, desde sempre, meu maior medo foi justamente esquecer. E agora,
me vejo preso em um final, escrevendo um epílogo, um triste epílogo onde não há
finais felizes – se é que há um final!
Pra nunca esquecer, eu tentei
lembrar, tentei não dizer adeus, tentei guardar as boas lembranças e adormecer
as terríveis mágoas. Não adiantou. Cheguei a um ponto em que descobri que, para
me reencontrar comigo mesmo, eu preciso esquecer. Esquecer as boas e más
lembranças, criar novas memórias. Apagar o passado, corrigir o presente e
buscar um futuro.
Chegou a hora de escrever o
ponto final. Não tenho mais palavras nem espaços. Esse é o meu epílogo, o fim
dessa história; uma história de amor com dor, comédia, drama, tragédia, risos e
tudo mais que eu poderia sonhar. Uma história prolongada e vivida com apenas um
intuito: pra nunca esquecer o quanto eu amei você.
Texto Originalmente publicado em 13 de outubro
de 2015.
Revisado em 01 de maio de 2021.
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