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Mostrando postagens de 2014

Correr Riscos

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Você já parou para pensar nos riscos que corremos diariamente? Até mesmo nas coisas mais simples, como deitar na cama, beber água ou respirar. Ao deitarmos na cama, ela pode se quebrar, uma madeira pode nos machucar, o teto pode cair, um curto circuito pode se iniciar. Beber um copo com água também pode ser perigoso. Já imaginou morrer engasgado? E respirar? Um simples mosquito entrando pelas nossas vias aéreas e poderíamos morrer – no pior dos cenários. São coisas comumente seguras e que, talvez, por já as termos realizado inúmeras vezes, a possibilidade de um risco parece simplesmente inexistir. Talvez vocês estejam se perguntando se usei alguma droga pesada antes de escrever esse texto ou se perdi totalmente a minha noção com a realidade, mas a verdade é que, em praticamente todas as coisas que fazemos diariamente, corremos possíveis riscos. Pode parecer uma negatividade da minha parte, mas, na verdade, não pretendo fazer uma apologia a isso, mas sim aos riscos, ou, melhor dizendo

Luzes Acesas

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A chuva caía. O céu se clareava de tempos em tempos com os relâmpagos. Olhou para baixo e viu a água correr. Livre. Dali ele tinha uma visão privilegiada: podia ver os grandes prédios ao longe, os pequenos prédios de perto e a água que insistia em correr forte e livremente. Por um instante, ele deixou todas as preocupações e dores de lado. Enxergou a luz de um apartamento se acender num dos prédios distantes. Começou a fantasiar uma história que ali existisse... Para ele, havia um casal lá. Os dois acabaram de chegar em casa. A mulher era bonita. Tinha cabelos negros, pele parda. O homem parecia alguém comum, um comerciante talvez. Tinha os cabelos castanhos, barba por fazer, óculos e estava um pouco acima do peso. A mulher carregava em sua mão direita uma sacola com o jantar comprado no caminho para casa. Os dois iriam tomar banho, comer, conversar sobre o dia, deitar juntos e assistir a um filme bobo que passasse na TV. Estariam abraçados na cama, contando histórias, rindo do cabel

Quem nunca desejou amar?

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Sentei no sofá cansado e triste. Olhei ao meu redor e o silêncio era perturbador. Coloquei aquela velha música para tocar. Pela primeira vez em anos eu senti. Senti as forças se esgotarem, as lágrimas caírem; senti meus medos aflorarem, minhas verdades aparecerem, meus sonhos clamarem. Não podia ser! Não naquele momento! Eu queria voltar a não sentir nada – se é que isso é possível! –, eu queria poder não me importar, não sentir, não sofrer... Eu queria não poder amar. Por um instante, senti que duas versões de mim sentaram ao meu lado: o passado e o presente. O passado, com todos os seus sonhos, desejos e amores, me disse para sorrir, para abrir os braços e esperar o que estava por vir. Disse que o amor havia finalmente chegado, que a vida era boa, que o mundo brilhava lá fora, que Deus entalha sorrisos nas flores e que há beijos de amor por toda parte – como li no roteiro de uma peça certa vez. Já o presente, no auge da sua ignorância, da sua frieza, da sua ausência de sentimentos

Agradecimento ao Tempo

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Entre mortos e feridos, entre falsos e sinceros, apenas algumas pessoas permanecem ao nosso lado no decorrer da vida. Muito se fala do tempo e da sua terrível maldição com aqueles que conhecemos: muitos se vão de uma forma única, lenta e gradual; outros permanecem conosco; mas ainda há aqueles que se vão pelas mentiras, falsidades e mágoas. Estes, o tempo leva com a mesma intensidade de um trovão: a qualquer momento e de forma rápida, abrupta e devastadora. São poucas as pessoas que permanecem ao nosso lado durante a jornada da vida. Ou seria a jornada do tempo? Sempre me perguntei sobre a importância da palavra família. Sempre me questionei porque existem pessoas que não são da família e consideramos como se fosse ou vice-versa.  Afinal, o que é família?  Nesses 20 e poucos anos de vida, aprendi uma coisa: família não é algo que nasce com a gente, é aquilo que morre conosco. Família é aquilo que encontramos no decorrer de uma vida. Existem pessoas que podem ser “família de sangue”