Presente de Natal
Querido
Papai Noel, obrigado pelo meu presente. Aliás, o senhor caprichou no presente
desse ano hein?! Chegou na hora certa, com a intensidade certa, com tudo no
mais perfeito lugar. Quem diria que justamente o senhor iria me presentear com
um amor hein?!
Eu
achei que tivesse sido um mau menino – dada as últimas circunstâncias –, mas o
senhor surge e me dá um belo presente. E que presente! Um dos sorrisos mais
belos que já vi, um dos abraços mais apertados que eu já recebi, um dos olhares
mais sinceros que já tive. O beijo mais doce, mais leve, com a intensidade
medida na frequência correta – se bem que intensidade e frequência são
grandezas diferentes, mas não quero ser tão racional –, tudo tão perfeitamente
calculado que chega até a assustar. Foi justo ali, onde eu menos esperava
encontrar, no presente mais afastado, que eu encontrei tudo aquilo que eu
precisava, ou melhor, tudo aquilo que eu merecia.
Não
sei se isso que aconteceu agora foi destino, sina, carma, algo escrito nas
estrelas. Não sei se foi presente divino ou um presente de Papai Noel, do
Coelhinho da Páscoa ou do que quer que seja. Parei de me questionar tanto sobre
as origens dos sentimentos, das coisas que vêm do coração. Parei de buscar maneiras
de terminar histórias, de fugir delas; parei de imaginar supostos finais que
terminariam em lágrimas. Parei de tentar seguir tanto a razão. Ou melhor, o
medo que vem de tanto se pensar.
Querido
Papai Noel, se foi realmente você quem me deu esse presente de Natal; então eu
te digo: esse foi o melhor presente que eu recebi nos últimos anos!
Texto Originalmente publicado em 29 de dezembro
de 2015.
Revisado em 12 de agosto de 2021.
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