A Lua e Eu
A lua
se esconde aos poucos por entre as nuvens.
Esperta essa lua...
Continuo
à espreita tentando enxergá-la mais uma vez, mas ela insiste em permanecer onde
está. Olho para a imensidão do céu e vejo as estrelas. Elas brilham com
intensidade. Boa parte delas, assim como a lua, se escondem por detrás das
nuvens. Eu queria poder vê-las hoje...
Ao menos nesta noite...
Sinto
o ar frio inundar meus pulmões. Fecho os olhos e acaricio a grama ao meu redor.
Sinto um arrepio em minha nuca e um choque dominar o meu corpo.
Uma daquelas sensações gostosas que nos
fazem querer espreguiçar...
Abro
os olhos lentamente. No céu, a lua ainda se esconde.
Sinto
um vazio.
Olho
ao meu redor e nada vejo. Nem carros, nem pessoas, nem mesmo insetos...
Absolutamente nada. Apenas um silêncio angustiante.
Admiro
a lua. Mesmo ao longe, solitária em sua própria órbita, ela parece não estar
só.
Engraçado dizer isso... Ou escrever, nesse
caso.
Talvez,
no fundo, eu também não esteja tão só quanto pareço achar. Talvez, mesmo longe,
solitário em minha própria órbita, eu não esteja só. Talvez outras estrelas me
acompanhem na imensidão do universo. Talvez a própria lua, como agora, nessa
noite nublada, me faça companhia. Talvez haja quem me dê um “Bom dia!” ou
pergunte um “Como vai você?”. Talvez eu me esbarre em alguém ao caminhar pelas
ruas da cidade. Talvez, até mesmo agora, olhando para o lado, eu não esteja só.
E
talvez eu nunca ficarei...
Mesmo
assim, se um dia eu me sentir de tal forma, posso olhar para o céu e falar com
as estrelas já conhecidas, conhecer outras, ou, até mesmo, cumprimentar a boa e
velha lua... A lua...
Agora
ela sai sorridente por entre as nuvens e sorri para mim.
É...
Eu
definitivamente não estou só.
E nem nunca estarei.
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