Sentimento #061 – Consequências

“Porque, se eu não seguir essa intuição neste momento, quem sabe onde eu estarei daqui a vinte anos?”

– Cecelia Ahern (em Simplesmente Acontece)

Às vezes, sinto que gostaria de ter mais coragem. Gostaria de viver como os grandes amantes, aqueles que agem sem vacilar, impulsivamente, que se jogam em meio à vida sem pensar no que poderão se esbarrar. É como se houvesse, dentro de mim, algo que me prendesse, que me impedisse de ser quem eu realmente sou, como se as minhas amarras estivessem cada vez mais fortes.

É estranho se sentir assim... Por mais que desejemos algo, às vezes não conseguimos simplesmente colocar aquilo em prática. Seja ao convidar uma garota que te interesse para sair ou tentar se jogar debaixo da chuva em um daqueles dias incríveis em que ficamos encharcados olhando para o céu com sorrisos enormes em nossos rostos. Eu queria ter mais coragem...

Sinto que me falta um certo impulso para seguir as minhas intuições. Às vezes por medo do que me pode acontecer, por medo do que me podem fazer... Por medo de me machucar, de ter o meu coração partido, de não ser retribuído, de ser ignorado, de ser abandonado... E aí me pego pensando em como a minha vida poderia ter sido se eu tivesse aquela dose necessária de ousadia para agir... Mas nada parece fazer sentido.

Talvez, um dia, daqui a dez ou vinte anos, eu olhe para o passado e relembre desses desejos... Talvez não... Talvez eu siga caminhos melhores, talvez eu siga caminhos piores... Talvez um pouco dos dois. A verdade é que viver é uma enorme caixinha de surpresas. Nunca sabemos o que estará por vir. Nunca saberemos se as nossas intuições estarão corretas ou não. Nunca saberemos se vamos nos machucar ou não. A única coisa que pode nos dar essas respostas é simplesmente viver e, querendo ou não, arcar com as consequências dos nossos atos, sejam eles para a nossa felicidade ou não.

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