Esperança para Amar

O amor não mais me apetece. Na verdade, tem um tempo que ele parou de fazer sentido para mim. Deixou de ser algo que eu procuro para a minha vida, um desejo, um sonho ou algo do tipo. Talvez eu não queira mais viver uma daquelas histórias de amor épicas ou com finais felizes... No fim das contas, amar se tornou um mero lembrete de todas as vezes em que fui infeliz.

É estranho falar isso. Dizer que o amor me lembra da infelicidade. Por mais que houvessem bons momentos, amar foi aos poucos se tornando um receio, um medo de me entregar, de sentir, de viver o que quer que eu pudesse viver em torno disso.

Sei que o amor é muito maior do que isso. Sei que os momentos incríveis e doces existem. Sei que existem coisas boas que possam vir dele, mas a verdade é que, para mim, tudo isso deixou de fazer sentido. Talvez eu seja, até mesmo, incapaz de me recordar de tais coisas boas. Acho que tomei aversão ao amor na forma em que ele é comumente colocado.

Por mais que eu saiba que existem inúmeras possibilidades, que as pessoas que um dia eu vá encontrar não são as mesmas do meu passado... Parece estranho desejar amar. Não quero mais um amor de “comercial de margarina” ou um amor dos contos de fadas. Se eu ainda for viver alguma história de amor, quero viver um amor real, de carne e osso, daqueles que não somente nos machucam, mas que provocam também um arrepio na espinha, borboletas no estômago e tudo mais...

Engraçado que, agora, ao escrever isso... Fui capaz de lembrar.

Talvez eu não seja ainda um caso perdido.

Talvez ainda haja esperança para amar.

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