Fim
Aos poucos as últimas palavras vão sendo escritas.
O final da história vai sendo desenhado aos poucos. Eu, justo eu, que sempre
odiei despedidas, acabo me tornando refém delas. Despeço-me de amigos, de
partes de mim... Busco novos recomeços, novos horizontes. Tudo se renova.
Parece o velho
clichê do “final feliz” acontecendo ao meu redor. A ansiedade me corrói. É normal.
Pareço finalmente ter tomado as rédeas da minha própria vida, de ter assumido a
máscara de protagonista da minha própria história. Como na maioria delas, os
protagonistas são sempre os últimos a sorrirem. Sempre nas últimas páginas, nas
últimas linhas. No ponto final.
Eu sempre odiei
despedidas. Odiei e as odeio com toda a força que ainda tenho. Busco renovar,
recomeçar; mas pareço estar sendo massacrado com estúpidos flashbacks colocados apenas para render mais algumas páginas. Para
me atrasar, me impedir.
Chegou a hora da
despedida. É hora de partir, de deixar o passado para trás, esquecer os
fantasmas e recomeçar. É chegada a hora de dizer o adeus definitivo a quem
partiu, a hora de escrever a última linha desse capítulo final para, quem sabe,
um dia continuá-la.
É hora de
recomeçar.
De amar.
De existir.
De resistir.
De ser feliz.
Comentários
Postar um comentário