Meu amor,...
“Meu amor, eu
não sabia bem como me despedir. Pensei em te ligar ou mandar uma mensagem, mas
fiquei com receio. Acho que medo talvez. Não sei bem por onde começar, mas talvez
eu deva te pedir perdão – se é que o devo fazer. Eu te peço perdão por ter fugido
de você quando tive a oportunidade de te agarrar em meus braços e fugir para
qualquer lugar. Eu te peço perdão pelos meus medos e angústias, pelas minhas
inseguranças, enfim... Por ser quem eu sou: uma espada forjada em fogo ardente
que jamais voltará a ser o que foi um dia.
Meu amor, eu
te agradeço pelas conversas que tivemos, pelos planos que fizemos e, até mesmo,
pelos beijos e abraços que não demos. Eu te agradeço pelos áudios longos, pelas
palavras de conforto e, principalmente, por ter estado comigo quando mais
precisei.
Meu amor, eu
não gosto de despedidas, mas hoje eu preciso fazê-la. Talvez não nos vejamos por um tempo – talvez
nunca mais. Infelizmente você se tornou uma lembrança ruim para mim, um
sinônimo de dor que parece ter intensificado coisas que aqui estavam
adormecidas, mas talvez seja melhor assim e eu me conformo por saber que você
carregará consigo um pouquinho de mim. Isso já me basta. Isso me faz imortal. Espero
que você seja feliz com as suas escolhas.
Com
amor,
Um
certo alguém.
P.S.: Acho que não preciso dizer
que te amo.”
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