Ame

Dói. Amar dói.

Não importa a intensidade, não importam as pessoas. Nada. Amor é um sentimento egoísta, é a necessidade de querer ter por perto aquele alguém tão especial que te faz sentir bem, feliz. Amar alguém nos torna “patéticos”, como diria Rita Lee, mas eu prefiro dizer que o amor nos dá coragem, nos dá a força necessária para viver, para enfrentar o mundo, se for preciso.

Quem me dera amar alguém fosse uma escolha, uma alternativa marcada em uma questão de uma prova com a certeza de que aquela seria a resposta certa. Amar é um tiro no escuro, um tiro com um arco e flecha: precisa de força e precisão. Aliás, não! Deixemos a precisão de lado. Vamos amar! Quem precisa de razão e certeza?

Amar é como jogar-se em um rio de cabeça sem a certeza de que vamos batê-la em uma pedra. Amar é sobre correr riscos, é sobre ter a coragem necessária para se jogar rumo ao desconhecido. O amor não precisa de certezas.

O amor não precisa ser egoísta. Amar é sobre altruísmo: é querer a felicidade do outro em primeiro lugar, mesmo que essa seja nos braços de um outro alguém. Por mais que você sofra, por mais que você chore todas as noites, por mais que você sinta um vazio torturante no teu peito... Um dia... Um dia alguém te enxergará com outros olhos, ocupará os espaços vazios entre os teus dedos de forma perfeita, preencherá o teu peito com uma sensação única e jamais vivenciada.

Um dia alguém vai te amar. E mesmo que esse dia não chegue, a esperança de encontrar alguém te fará lutar e amar as pessoas ditas como erradas com a mesma intensidade com a qual você amaria “a pessoa certa”. No fim das coitas, o que importa não é amar e ser correspondido. Não importa se será a nossa dita alma gêmea ou não – embora eu não acredite nessa predestinação. O que importa é, simplesmente, amar.

Mesmo que seja sozinho.

Mesmo que seja a si mesmo.

Texto Originalmente postado em 03 de janeiro de 2015

Revisado em 13 de setembro de 2020

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