Opções
Ultimamente
tenho me perguntando bastante sobre como lidar com o sofrimento, a dor e tudo
aquilo que nos aflige. Quando comecei a me aprofundar sobre o espiritismo, descobri
que tudo que passamos nessa vida é reflexo daquilo que fomos e/ou fizemos em
nossas vidas passadas. Porém, como ser humano, tais reflexos não são facilmente
lidados.
Ao
perder alguém, ao ser decepcionado, ao ouvir as mais duras palavras, sentimos
um verdadeiro vazio em nosso peito. Um vazio que, se não for controlado,
torna-se um buraco negro daqueles que acabam carregando tudo consigo, até mesmo
os nossos sentimentos bons.
Não
lembro onde vi tal frase pela primeira vez, mas acredito que ela represente um
pouco do que eu sinto: “A dor é inevitável, mas sofrer é opcional!”. Sempre vai
haver dor, sempre vai haver alguém que te de desaponte, que destrua teus
sentimentos, que sugue toda a sua vontade de viver ou até mesmo que a destrua.
Porém, a forma como você vai reagir a essa dor depende apenas de você.
É
óbvio que, ao sermos machucados, achamos que nada mais fará sentido, que tudo
está perdido. Quando cortamos o nosso dedo, sentimos dor naquele momento.
Deixamos sangrar, passamos remédio e, aos poucos, aquela ferida vai se
fechando. No pior dos cenários, haverá uma cicatriz, mas não é sempre assim.
Acredito que funciona dessa mesma forma com as feridas emocionais... Sentimos a
dor no primeiro momento, mas só que muitas vezes esquecemos de passar os remédios
necessários para curá-las. Acabamos por cutucar a mesma ferida repetidamente,
impedindo-a de se fechar e, também, nos fazendo sofrer.
Acredito
que o sofrimento nos consome, nos destrói. Porém, ele me parece ser opcional. Não
no sentido de fecharmos os olhos e fingir que aquela dor nunca existiu – como
um interruptor que controlamos “sofrer/não sofrer” –, mas no sentido de não
deixarmos aquela ferida se cicatrizar, de não dar o tempo e o remédio
necessários para que ela se feche.
A dor
é inevitável... O sofrimento é opcional. A felicidade também.
Texto Originalmente postado em 08 de janeiro
de 2015
Revisado em 13 de setembro de 2020
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