Devaneio



                “Era uma casinha pequena de campo. A chuva caindo lá fora, você no sofá, perto da janela. O cheiro da macarronada que eu fazia inundava o ambiente, misturado ao aroma de terra molhada. Em algum momento meus olhos viraram em sua direção e lá estava aquele olhar, que tanto desejei que me fitasse, acompanhado de um sorriso – meio tímido, no canto esquerdo da boca, mas fascinante. Perguntei o motivo da risada e você, como sempre, soltou um ‘Nada...’ – daqueles que não dizem nada, mas dizem tudo ao mesmo tempo.
                Eu te faria rir com as piadas mais bobas, te faria escutar as músicas mais melosas que podem existir, te faria ler textos e mais textos sobre o amor, te faria assistir filmes de terror e te faria gargalhar com meus comentários sobre os mesmos. Eu te seguraria em meus braços, como se nunca fosse te deixar partir. E eu não deixaria você partir tão facilmente...”
Talvez o medo tenha me privado de viver alguns sonhos bobos e que talvez me fizessem ser a mais feliz das criaturas. Sinto muito. É que eu adoro tantos os seus olhos – e o resto do seu rosto também – que não suportaria correr o risco de te perder.

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