(Im)Possível

Eu nunca te disse - nem em linhas corridas nem em pequenos gestos - o quanto fui feliz em te amar. Sim... Eu te amei. Acho que do meu jeito torto, inseguro e errante foi amor. Ainda me lembro como se fosse hoje daquela segunda-feira à tarde. Conversamos na noite anterior e ali continuamos o nosso papo aleatório sobre coisas que nem lembro mais quais eram. Ali você me encantou – com o teu jeito espontâneo, decidido e incrivelmente feliz de ser. Naquela noite, o meu único plano era ficar em casa. Resolvi fingir o acaso e aparecer no mesmo lugar em que você estaria. Não sei se você caiu na minha desculpa de que eu estava ali por acaso... Saiba que não foi. Acho que tivemos tantas idas e vindas que, no fundo, só ficou uma mistura de saudade, de desejo e de curiosidade do que poderia ser. Talvez tenha sido assim entre nós. Éramos - e somos - sempre tão distintos, tão distantes, tão antônimos. Você a intensidade, eu a calmaria. Eu a desilusão e você a esperança. Até que, quando...