Caminho


Para muitos, o entardecer é uma mensagem anunciando o fim do dia. Tento enxergar diferente. Afinal, aquilo também se trata do começo da noite. Entre prédios e placas, eu me questiono: para onde estou indo?

Até então eu não sabia, mas estava perdido. Estava envolto em um emaranhado de sentimentos e conflitos internos. Eu não sabia qual placa seguir, qual parada obrigatória respeitar ou, até mesmo, qual sinal eu deveria invadir.

Por meses eu estive imerso em lágrimas, medo e inseguranças; e foi ali que eu percebi o quão arriscado pode ser amar. Não! Hoje não quero falar deste sentimento insano e doente que nos torna “dependentes” da presença, do amor ou do simples cuidado de alguém.

O anoitecer não é a perda da beleza do dia, é a oportunidade de enxergar um novo mundo onde as luzes da cidade irão brilhar e se mesclar com a beleza das estrelas e da lua.

Tanto no amor quanto na vida, a ideia de recomeçar assusta e tende a nos sufocar. O “novo” é um mar obscuro onde apenas os mais corajosos se arriscam a navegar. Ainda não sei para onde vou, mas quero, com toda certeza, ser feliz.

 

Texto Originalmente publicado em 29 de setembro de 2015.

Revisado em 01 de fevereiro de 2021.


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