(Des)amor


Então é isso? Quer dizer que todos aqueles sonhos e planos não passaram de uma mentira? Será que todo esse egoísmo estava presente desde o início, mas, somente agora, eu fui capaz de enxergar? Será que todas aquelas palavras de amor foram ditas em vão? Será que, realmente, todo aquele sonho se tornou esse pesadelo? Será que todo o teu lado cruel foi capaz de me fazer esquecer todo o amor que eu senti por você?

A tua insensatez, a tua estupidez, o teu egoísmo, o meu masoquismo, esse amor sem pé nem cabeça, sem nexo. O meu eu lírico que clamava por um amor tão intenso quanto o nosso simplesmente deixou de existir, deixou de acreditar na possibilidade de te amar. Será que vale a pena esse negócio de amar alguém?

A culpa é tua! É toda tua! Todo esse teu lado egoísta, cruel, sádico, que me fizeram enxergar, em tão pouco tempo, que a pessoa que amei nunca existiu. Era só uma carapaça, um exoesqueleto para agradar a quem quer que fosse e que escondia, no seu interior, um demônio, uma cruel criatura capaz de humilhar e de fazer sofrer a pessoa que você “mais amou na tua vida” (em tuas palavras).

Eu me arrependo! Me arrependo amargamente de ter te amado, de ter compartilhado momentos ao teu lado, de todas as juras de amor, de todos os beijos, de todas as palavras de afeto. Me arrependo de ter entregado meu coração nas mãos de alguém tão incapaz de enxergar e viver a beleza do amor. Eu me arrependo de ter te amado e, enquanto eu viver, eu vou fazer questão de dizer que você nunca foi nem meu melhor nem meu pior amor, mas sim que você nunca existiu.

Texto Originalmente publicado em 12 de setembro de 2015.

Revisado em 01 de fevereiro de 2021.


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