Entre Chuvas e Amores...


Gosto dos dias de chuva. Lembro de quando eu me jogava debaixo dela mesmo com todos os gritos de “você vai ficar doente”. Hoje eu só queria um banho de chuva, algo que limpasse a minha alma como antes.

Hoje finalmente percebi porque tanto gosto da chuva. Acho que, por ser um romântico incorrigível – oh droga! –, percebi que ela é como o amor: chega de surpresa, nos movimenta – quem nunca correu para tirar uma roupa do varal ou para se molhar? –, mas pode tanto nos “devastar” quanto dar belíssimos frutos. Tanto na chuva quanto no amor, nós temos de escolher: ou corremos ou nos molhamos. Ou corremos ou amamos. E, às vezes, é bom correr o risco de adoecer seja pela chuva ou pelo amor, porque no fim, acredito eu, sairemos mais fortes disso tudo.

Tanto na chuva quanto no amor temos medo. É normal e é difícil – muito difícil! É difícil amar alguém que você simplesmente conheceu e não tem a predestinação (ou seria obrigação?) de amar, como uma pessoa da família, por exemplo. É difícil querer que aquele alguém fique ao teu lado para sempre. Por mais que uma chuva demore, ela não será eterna. No fim, o que nos restará são as lembranças daquela chuva de verão ou daquele amor de inverno – sejam elas boas ou más. No fim, percebemos que o amor próprio prevalece e que virá uma nova chuva ou um novo amor. E então você verá que não importa a duração daquele delicioso, maravilhoso, inigualável, fenômeno natural. Sempre haverá uma nova oportunidade.

Tanto o frescor da chuva quanto o frescor do amor são excepcionais. Maravilhosos.

É estranho como chove lá fora...

É estranho como não há mais amor aqui dentro...

 

Texto Originalmente publicado em 09 de março de 2015.

Revisado em 01 de novembro de 2020.

 

   

Comentários

  1. Então... como prometido, dei uma passada aqui, gostei das palavras! Não se ama por obrigação, e precisamos está aptos a isso, a se renovar por alguém, ainda que seja chuva passageira, de verão até. No fundo o que vai ficar de bom é uma alma limpa!

    Bjos... Lady!

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