Fatal

Você, com esse seu jeito de menina-mulher, parece me puxar cada vez mais pra perto da tua órbita. Não sei se é uma atração – perigosa, por sinal –, algum feitiço ou, simplesmente, amor. Não sei... Tudo se torna uma verdadeira confusão quando se trata de você. Já te disse – mais de uma vez – o quanto a tua presença me inquieta. Não sei se pela tua intensidade ou se pelo teu olhar – esse olhar meio vazio e que parece me sugar a cada vez que o encaro. Você chega devagar, sorridente, com o seu riso meio tímido de criança que acabou de aprontar, mas que esconde a tua verdadeira face: a de uma mulher fatal, que é capaz, até mesmo, de controlar o mais forte dos homens com apenas poucas palavras. Acho que somente assim, criando uma bela e tresloucada mitologia, eu seja capaz de conseguir falar um pouco mais sobre você. Os teus gestos são sutis, mas são capazes de se tornar velozes com um piscar de olhos. Você muda da água para a o vinho em questão de segundos. Tudo parece ser ligeirament...