Sentimento #003 - O que nos leva a sermos bons?

 


“Eu acho que escolhemos ser bons por causa de nossos vínculos com outras pessoas e do nosso desejo inato de tratá-las com dignidade. Resumindo: não estamos sozinhos nessa.”

- The Good Place (série)

Dia desses eu me questionei sobre a bondade, sobre o porquê de muitas pessoas insistirem em serem boas mesmo com tudo ao seu redor desmoronando. Acho que essa é uma das indagações mais antigas que existe, mas não sei se existe uma resposta universal às inúmeras pessoas que ousaram em pensar sobre ela.

O que nos leva a nos importarmos com os outros? Qual o sentido?

Já ouvi pessoas dizerem que é por conta do nosso além-vida, como uma espécie de compensação pelos nossos atos na Terra. Já ouvi dizerem que a bondade é inerente ao ser humano, mas já vi muita maldade para saber que nem todas as pessoas são assim.

O que nos leva, então, a sermos bons?

Acho que, no fim das contas, não existe uma resposta correta. Porém, me arrisco a tentar – com base na minha experiência – formular uma hipótese.

Acho que somos bons com aqueles que amamos. Somos bons com aqueles que, de um modo ou de outro, nos cativam. Somos bons com aqueles que acreditamos que possam precisar de nós. Somos bons quando percebemos que não há nada mais a fazer, a não ser tentar. Nem que seja uma fagulha de esperança, de amor, ou, simplesmente, de bondade.

Não acredito que todos possam agir de tal maneira. Acredito que há quem aja com bondade como uma forma de inflar o próprio ego ou de garantir um lugar no céu. Acho que é por isso que “ser bom” nem sempre faça sentido pra mim... Nunca foi um objetivo. Nunca foi uma meta. Sempre foi um modo de ser que, querendo ou não, pudesse tornar o mundo ao meu redor um pouco melhor – mesmo com todos os meus erros e mesmo que eu não consiga atingir esse objetivo sempre.

Acho que, no fim das contas, é como minha mãe sempre me disse: nós damos aquilo que temos de melhor.

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