Sentimento #005 – Sobre o Amor
“Amo
como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que
queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”
-
Fernando Pessoa
Acredito nas palavras de quem
declara o amor. Não naqueles que machucam porque dizem amar. Para mim, o amor
encontra-se nas pequenas coisas, nos detalhes, nas sutilezas, num “Bom dia!”
despretensioso, num “Se cuida!” na despedida.
Amar, para mim, é algo único.
Não existe comparações. Há quem ame com intensidade, há quem ame com calmaria.
Acredito, entretanto, que amar é a simples atitude do cuidado para com o outro,
seja junto à paixão, à amizade, ao carinho, ao afeto.
Ao olharmos uma parede branca,
sabemos que ela é branca porque assim nos ensinaram. Mas e o amor? Quem nos
ensina o que é o amor? Parece que, ao longo da vida, vamos descobrindo, aos
poucos, sobre que tipo de amor somos capazes de ofertar e o tipo de amor que
acreditamos merecer. Não é exato como a parede branca – convencionada de tal
forma.
Infelizmente, há que mescle amor
com dor, com tapas e gritos, com ciúmes e controle. Não acredito nestes amores.
Pelo contrário, acredito que amar alguém significa deixar o outro livre para ir
e para voltar. Amar não é como um encaixe de peças ou de duas metades de uma
laranja que se completam. Amar é união. É estar lado-a-lado enquanto aquele
amor durar.
Amar é ser livre.
E não há ninguém que possa nos
dizer quem ou quando devemos amar.
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