A Mística Arte de Não Ser
Ser
algo é frustrante. Não que eu esteja menosprezando o ato de “ser”, longe disso,
a verdade é que, para mim, ser algo é impensável, inconsistente e
principalmente aprisionante. Não imagino prisão mais torturante do que o
fenômeno “Gabriela”, aprisionado dentro do próprio ser, imutável e rígido. Que
horror!
A
própria história humana é um belo tapa na cara da ridícula rigidez de
pensamentos. Somos seres mutáveis e em constante metamorfose – alguns não,
infelizmente – e buscamos sempre novas experiências de ser. Aqui eu mando um
salve pro Raul, que geniosamente resumiu meus pensamentos quando
declarou: “Prefiro ser essa metamorfose ambulante”. Liberdade é ser uma
metamorfose ambulante. E é assim que levo meus dias: não sou hoje quem eu era
ontem e não serei amanhã o que fui hoje. A incrivelmente mística arte de não
ser nada é o verdadeiro segredo.
Comentários
Postar um comentário