Sentimento #040 – Amar é Compartilhar
–
Merleau-Ponty (1949)
Parece que crescemos com uma
visão idealizada do amor. Eu mesmo passei boa parte da minha vida achando que
amar alguém era algo perfeito, onde havia uma enorme compreensão de ambas as
partes e que, ao final, seríamos felizes para sempre. Qual não foi a minha
surpresa – e a minha frustração – ao perceber que as coisas não são bem assim?
Quando notei que o amor não era
tão perfeito quanto eu pensava, me frustrei. Teria sido tudo o que vi nos
livros e filmes uma grande mentira? Não necessariamente...
Acredito que os principais
problemas em torno do amor são relacionados à ideia de posse e, também, à busca
pelos amores perfeitos. Buscamos amores idealizados – como aqueles tantos dos
filmes e livros que conhecemos ao longo de nossas vidas –, onde não haja
brigas, discussões, onde haja apenas a compreensão. Por outro lado, há também a
ideia de posse da pessoa amada – principalmente por parte dos homens sobre as
mulheres –, que é enxergada como alguém que concorda com tudo o que o outro
fala/faz.
A verdade é que, em qualquer
relação, nunca haverá essa perfeição. Somos humanos. Erramos e acertamos
constantemente – uns mais do que outros –, mas mesmo dentro dessa lógica, o
erro e o acerto nada mais é do que algo relacional. Da mesma forma, acredito
que seja inevitável não influenciarmos as pessoas com as quais convivemos.
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