Sentimento #041 – Nosso Valor


 “Não se subestime, Rosie; não menospreze o que você faz.”

– Cecelia Ahern (em Simplesmente Acontece)

Dia desses, enquanto conversava com um grande amigo, percebi uma tendência minha a diminuir as coisas que faço. Acredito que isso talvez seja o reflexo de algumas experiências que vivi ao longo da minha adolescência e que reverberam até hoje nas minhas atitudes.

Sempre tive muito medo de mostrar aquilo que faço. Diante de qualquer elogio, eu tinha a tendência a dizer um “Que nada!” ou “Não é pra tanto!”. Parecia que, para mim, tudo o que eu fazia não tinha tanto valor assim, como se não fosse suficiente, como se EU não fosse suficiente.

Cerca de um mês e meio atrás, vivi uma experiência que me fez repensar sobre isso. Por mais doloroso que fosse, eu continuava a querer uma validação dos outros, como se a opinião alheia tivesse um protagonismo único em minha vida, como se qualquer pensamento que eu tivesse sobre aquilo não fosse tão importante quanto o que fulano ou ciclano tinham a dizer sobre mim. Era um jeito cruel e doloroso de ser.

Atualmente, tenho tentado valorizar as minhas conquistas – sejam elas pequenas ou grandes –, tenho tentando reconhecer não apenas os meus erros, mas também os meus acertos... Por mais que eu erre muitas vezes, por mais que eu não haja com perfeição, eu preciso saber apreciar as pequenas coisas que fiz ou que faço porque ninguém mais poderá fazer isso por mim... Eu sou o responsável pela minha própria vida e se eu não for capaz de amar tudo aquilo que faço – e de me amar também! –, quem o fará? Precisei chegar aos quase trinta anos de idade para perceber a importância das minhas próprias palavras... E de mim mesmo.

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