Aprender a Viver

Eu demorei bastante para aprender a viver. Na verdade, acho que ainda não consegui dominar essa façanha com tal perfeição. A vida é algo engraçado. Somos lançados ao mundo, mas, na infância, ainda temos nossos pais e familiares por perto – por melhores ou piores que eles sejam –, depois, vamos pouco a pouco nos inserindo em um mundo para além daquele com o qual estávamos acostumados. Fazemos amigos, nos apaixonamos, nos afastamos de pessoas que achávamos que viveriam para sempre ao nosso lado... E, então, vamos tentando nos reinventar, nos reencontrar... Reaprendendo a viver. Cada dia de uma vez.

É engraçado que não somos ensinados a viver. Nos ensinam regras sociais, nos ensinam como meninos e meninas devem se comportar, nos falam sobre o amor, nos falam sobre a importância da família e dos amigos, mas a verdade é que nenhuma dessas coisas funciona tal qual achávamos que iriam funcionar. Nos surpreendemos a cada momento. É como se viver fosse um eterno aprendizado, um jogo de improviso em que, a cada momento, precisamos encontrar novas formas de lidar com as situações, pois o que sabíamos anteriormente sobre elas já não é mais suficiente.

Vivemos lançados ao caos, à incerteza do viver e das nossas relações. Nada é eterno. Nada parece permanecer. Tudo se modifica constantemente e, querendo ou não, nós precisamos aprender a lidar com isso. É como se o viver fosse um eterno aprendizado, um aprendizado constante que se dá na prática, no dia-a-dia. Viver é tentar, a cada dia, encontrar novas formas para sobreviver em meio a mundo caótico, em meio a uma incerteza cotidiana... Viver é um eterno aprendizado que só temos como aprender tentando, com todos os erros e acertos que possam existir.

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