Sentimento #058 – Entre o Viver e o Morrer
“Quanto
mais motivos tivermos para prestar atenção à vida, tantos menos motivos teremos
para pensar na morte.”
–
B.F. Skinner e M.E. Vaughan (em Viva Bem a Velhice)
Já tive momentos em minha vida nos
quais eu parecia ter desistido de viver. Era como se nada de bom pudesse
acontecer, como se a minha existência se resumisse a todas as dores, angústias
e tristezas. Nada parecia ser suficiente, nada era capaz de me levantar, de me
fazer sorrir e de ter prazer em viver.
Durante a pandemia, pensei
bastante sobre o viver e o morrer. Percebi que, ao contrário de outras épocas
em minha vida, eu comecei a temer a morte. Era como se houvesse ainda tanta
coisa a se viver, tanta coisa a se sentir... Isso tudo foi, definitivamente, um
ponto de virada para mim, um daqueles momentos em que nos damos conta de algo
em nossas vidas e tentamos, a todo custo, mudar isso.
Acho que, com o risco da morte, eu passei a ver melhor a vida. Passei a valorizar mais os pequenos momentos, passei a me importar mais, a sentir mais... A desejar as boas memórias, a querer guardar recordações, a querer ter por perto as pessoas que gosto. E, então, enquanto eu resolvi me dedicar a viver cada dia da melhor forma possível, o medo da morte começou a desaparecer... A angústia se foi... Engraçado como as coisas acontecem às vezes... Justamente pelo medo de morrer que eu acabei aprendendo a viver.
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